A bela paisagem de Camocim, pontuada por canoas, a típica embarcação dos pescadores, será tombada pelo IphanO vaivém das embarcações no Rio Coreaú e a lida diária dos pescadores de Camocim despertaram a atenção não só dos turistas que visitam, constantemente, o município, mas também dos técnicos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estudam o tombamento da paisagem como patrimônio imaterial.A secretária de Turismo de Camocim, Flor de Liz Romeiro, informou durante evento promocional do município, realizado no último dia 11, no Hotel Oásis Atlântico Imperial, em Fortaleza, que o Iphan identificou em Camocim, dentro do projeto Barcos do Brasil, o maior museu naval ao ar livre do mundo em barcos artesanais. Daí a idéia do tombamento. ´O navegador Amyr Klink, em visita à cidade, já havia mencionado que Camocim tinha o maior museu de barcos artesanais´, frisou. Flor de Liz ressaltou que o tombamento já está em fase de implantação. ´Primeiro, recebemos a visita de Dalmo Oliveira, diretor de Patrimônio Imaterial do Iphan, que explicou aos pescadores todo o processo de tombamento. E depois quem nos visitou foi a superintendente substituta do Iphan no Ceará, Olga de Paiva, que está dando continuidade ao projeto´. A primeira etapa do tombamento da paisagem, explica a secretária de Turismo, consiste na sensibilização dos pescadores do município sobre a importância de sua profissão. Haverá também uma capacitação dos mestres pescadores responsáveis pela montagem das embarcações. ´Para que assim a construção artesanal destes barcos seja perpetuada´. Flor de Liz informou que há, atualmente, em Camocim, mais de mil pescadores cadastrados. A secretária de Turismo informa que, em breve, os turi
stas que chegarem a Camocim poderão observar os pescadores carpinteiros montando os barcos em praça pública.
stas que chegarem a Camocim poderão observar os pescadores carpinteiros montando os barcos em praça pública.O pescador Lucindo Carneiro (na foto, com Flor de Liz), que há 40 anos trabalha no ofício, acredita que o tombamento imaterial vai valorizar o trabalho incansável do pescador, que diariamente parte para o mar em busca do sustento de sua família. ´Além de pescar há 18 anos, tenho me dedicado à construção das canoas. Aprendi sozinho, fazendo reparos no meu barco e, agora, quero repassar este conhecimento para outros pescadores´. Fonte: DN
Postado por Tadeu Nogueira
Fotos: Thiago Gaspar/Kiko Barros