segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

GANGUES FAZEM ARRASTÃO EM BEIRA-MAR DE CAMOCIM

SEM POLICIAMENTO, LOCAL VIROU CENÁRIO
 IDEAL PARA GUERRA ENTRE GANGUEIROS RIVAIS 
Armados de, acredite, baladeiras, correntes e gargalos de garrafas, duas gangues, a do Ginásio e do Jardim das Oliveiras, "animaram" o monótono encerramento de férias em Camocim. As duas gangues, as quais o comando da PM se recusa a denominá-las dessa forma, como se elas não fossem uma realidade na cidade, promoveram um "arrastão" na famosa e bela beira-mar de Camocim por volta das 22h45 do sábado (28). Sem um único policial presente no local, que costuma ficar lotado nos finais de semana, a vagabundagem começou o quebra-quebra com direito a tiros de baladeira, usando como munição pedras e "bilas", desde o início do Restaurante Onda do Mar, passando pelos Restaurantes "O Euclides" e Timoneiro, finalizando na "arena romana" (tenda eletrônica), montada como atração do final de férias, em uma realização da Prefeitura Municipal. "Quando vi os clientes invadindo o restaurante, achei que fosse uma chuva grossa caindo", disse ao blog, o funcionário de um dos estabelecimentos. 
De certa forma, houve chuva sim, mas de pedras e bilas atiradas a esmo, oriundas de um "magode" de drogados e vagabundos que vivem à margem da lei, sob o manto da impunidade e omissão das autoridades pagas através de impostos altíssimos que vão para conta de quem trabalha e cumpre os compromisso junto ao governo. "Minha filha saiu correndo, apavorada com aquela cena, só vista por ela em filmes", falou o indignado Vereador Jarbas Ferreira, que na sessão da próxima quarta-feira, disse que vai cobrar ações por parte das autoridades, saber se a polícia havia recebido um ofício para garantir a segurança no local e também enviar um "pedido de socorro", do povo de Camocim,  ao Secretário de Segurança do Estado. A guerra entre as gangues se estendeu até o mercado público, um verdadeiro bordel a céu aberto, local onde comerciantes de bem dividem espaço com viciados, traficantes e toda a escória possível e imaginável. O local, que recebe um serviço "porco" apelidado de reforma, desde 2009, também serve de habitat para gangues. 
Ainda ontem, em conversa sobre o assunto, soubemos que o policiamento, após o arrastão,  era pouco porque havia poucos homens. Aqui repito o que falei quando escutei essa explicação: pois que se explicasse ao Prefeito, ressaltando que, por conta disso, a PM não teria como cumprir o exigido (se é que foi enviado ofício). E mais: se o Prefeito sabe que policiais estão de folga, então que peça para os mesmos entrarem de serviço, garantindo suas diárias (é simples). O que não pode é a população ficar à mercê de uma barbaridade dessas, como se ainda vivesse na idade da pedra, e pior, da pedra de baladeira. 
Ainda como desculpa, alegam que um policial não pode dá um "cascudo" em um gangueiro que imediatamente abrem um processo contra esse mesmo policial. É aí onde entra o Ministério Público e Justiça, pois sabendo da gravidade das gangues, deveriam propor uma parceria com as polícias, para "limpar" Camocim dessa praga desgraçada. Enfim, no meu entender e certamente de grande parte da população, falta ousadia, vontade de resolver. Enquanto isso, o povo agora já não sabe para onde ir, em uma cidade que tem pouco a oferecer nesse sentido. O jeito vai ser ficar vendo o Faustão. Piada do dia: só falta agora convocarem mais uma audiência pública sobre o assunto, daquelas que geralmente vão do nada a lugar nenhum. Violência não se resolve com discursos, mas sim com ações. 
Postado por Tadeu Nogueira às 08:26h