quinta-feira, 3 de março de 2016

TESTANDO A INTELIGÊNCIA HUMANA

Quando ocorre um homicídio, a versão padrão dos órgãos de segurança pública é que fica impossível para eles, prever um crime dessa natureza. Já quando o número de homicídios cai, o mesmo órgão vem a público dizer que isso é resultado de ações preventivas. Para qualquer detentor de mais de um neurônio, a sensação é de estar sendo feito de abestado.  
Nas ruas de Camocim, por exemplo, reina o medo, a intranquilidade, a sensação de que, a qualquer momento, um cidadão pode ser abordado por uma dupla de moto, e ser executado sumariamente. 
E não adianta autoridade nenhuma aconselhar o cidadão a ficar em casa. Já estão matando em domicílio. Enquanto o corporativismo, por meio de sua máquina de propaganda, impera na tentativa de isentar esse ou aquele órgão, quem trabalha para viver está sendo dizimado. Já a grande maioria do povo, essa continua calada, se queixando apenas nas redes sociais, como se isso fosse mudar o cenário da cidade. Rumo às ruas essa parcela da população irá apenas daqui a alguns meses, não para reivindicar segurança, mas sim para vibrar pelo seu candidato a prefeito e vereador. Camocim vive atualmente a sua mais insegura fase dentro de seus 136 anos de história. O cidadão, aquele que paga seus impostos, que vive para trabalhar, e trabalha para viver, virou alvo fácil da criminalidade, passou a ser estatística para um governo que não investe na prevenção, que prefere continuar testando a inteligência do povo com inócuos subterfúgios. E vem aí mais um final de semana em Camocim. Que Deus nos acuda. 
Postado por Tadeu Nogueira às 08:36h