domingo, 11 de novembro de 2018

"SONOROS", POR INÁCIO SANTOS

Ao som característico de um dobrado, uma voz fanhosa se fazia ouvir: Em Camocim são pontualmente 19:00h. Boa noite! Instala-se no ar, a partir de agora, o serviço de som “Sonoros Pinto Martins de Camocim”, levando ao distinto público uma programação musical variada que ora começa e irá até às 22:00h. Apresentação deste amigo que vos fala, Gerardo Brito ou simplesmente GB. A todos uma boa noite!
Era desta forma que, impreterivelmente, todos os dias, o serviço de som começava sua programação, de segunda a domingo, na Praça Pinto Martins.
Precedendo as discotecas, casas de shows e emissoras de rádio atuais, era o serviço de som local, sonoros, que trazia a animação. Logo que, segundo seu locutor, “instalava-se no ar” as pessoas começavam a chegar, advindas dos mais diversos lugares (bairros da cidade), na maioria, jovens que vinham passear, conversar, paquerar, etc.
Quem tinha namorado (a) vinha, e os que ainda não tinham também vinham em busca de arranjá-los (as). A Pracinha era um ponto de encontro, aliás, o único da cidade.
Os casais geralmente ocupavam os bancos, enquanto que os “livres”, por assim dizer, ficavam a circular feito peru. Nessas verdadeiras maratonas, flertavam ou se divertiam de diversas formas.
Agrupamentos de rapazes e moças misturavam-se na Pracinha. Em cada canto da mesma um pipoqueiro fazia, ao vivo, pipocas quentinhas.
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