sábado, 21 de abril de 2018

ENTROU MUDO, SAIU CALADO

Esperava-se, durante a sessão legislativa realizada nesta sexta-feira (20), que o líder da oposição na Câmara de Camocim, Vereador Erasmo Gomes, fizesse, com todas as vogais e consoantes, a defesa do seu chefe político, o Ex-Prefeito Chico Vaulino, e desse sua posição, no tocante à decisão recente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que, por unanimidade, emitiu parecer pela desaprovação das contas de governo do município de Camocim relativas ao exercício de 2012, de responsabilidade do então Prefeito Chico Vaulino. 
Como causas para a reprovação, o TCE aponta aplicação de apenas 22,94% das receitas em manutenção e desenvolvimento do ensino, quando a lei exige o mínimo de 25%. Comprovou também aumento de despesas com pessoal nos últimos 180 dias do mandato, superior a R$ 3,6 milhões; não repasse de contribuições ao INSS, abertura de créditos sem respaldo legal, em mais de R$ 30 milhões; abertura de créditos adicionais especiais autorização da câmara, no valor de R$ 420 mil; além do não envio, ao Tribunal, da Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Programação Financeira e Cronograma de Execução Mensal de Desembolso.
Na análise das consignações e repasses ao INSS, a fiscalização verificou ainda que o Município possuía junto ao INSS direitos a receber no total de R$ 584 mil, decorrentes de adiantamentos efetuados a título de salário-família e salário-maternidade. 
O Vereador Erasmo, que acumula a função de cabo eleitoral do pré-candidato a deputado, Romeu Arruda, teve 15 minutos do seu tempo de líder para defender o chefe do grupo ao qual pertence em Camocim. Escolheu o silêncio. Deu uma de "joão sem braço".   
Constante defensor, pelo menos nos discursos, da moralidade na coisa pública, a população já está querendo saber como votará o Vereador Erasmo, quando o parecer, que atesta crime federal de Chico Vaulino, seu chefe, por não aplicar o mínimo de 25% na educação, entrar em votação na Câmara de Vereadores. 
Não custa lembrar: O Vereador Erasmo, como passaporte para entrar na política Camocinense, adotou, desde o início, o discurso de que jamais iria apoiar nenhum dos grupos que, segundo ele, só brigavam por interesses próprios. Quem te viu...
Que versão do "Erasmo" Camocim verá na próxima sessão? Talvez nem ele saiba.   
Postado por Tadeu Nogueira às 09:55h