sábado, 7 de junho de 2008

SÍNDROME DE NARCISO

O curioso hábito de falar de si mesmo na terceira pessoa sempre me fez pensar a respeito do que motiva isso, um dos casos conhecidos no país é do Deputado Paulo Maluf (PP-SP), no caso dele, não é preciso muito esforço para imaginar o porquê, na cara dele tem escrito em forma de rugas a palavra arrogância. "O Maluf é um grande tocador de obras", diz ele. "Nestes tempos de crise, precisamos de alguém como o Maluf." Uma hipótese para esse tipo de comportamento, poderia ser, uma expansão do ego, daí, viria o desejo de projetá-lo pra fora, poderia ser também, a retração desse ego, e essa projeção seria porque nem mesmo a pessoa estaria mais suportando ele dentro de si. O que leva uma pessoa a tratar-se como se fosse outra, ocupando o papel de sujeito e objeto ao mesmo tempo? Em várias passagens da Bíblia, Jeová, no Antigo Testamento, refere-se a si próprio por “Jeová”, estariam esses pobres mortais se comparando a Deus? Creio que não, prefiro achar que elas sofrem de um narcisismo patológico desenfreado, em sua maioria detectado nos políticos embriagados com seu próprio ego, de tal forma, que não conseguem ficar sem pronunciar seu próprio nome cada vez que fala aos seus correligionários, desses, os menos esclarecidos vão fixar seu nome na mente transformando-o numa figura superior e perfeito em seus atos. Na verdade tudo não passa de um reles artifício populista, mas, como todo plano tem seu ponto falho, esse também tem, a falha dele é não conseguir penetrar em todas as mentes, transformando seus donos, em meros repetidores fanáticos e alienados de suas posições hipócritas e arrogantes, sem o mínimo de respeito pelos que divergem democraticamente de suas idéias, o argumento da força jamais poderá se contrapor novamente contra a força do argumento, nesse País livre regido por leis que protegem a liberdade de expressão, gosto sempre de lembrar isso em respeito, aos que tombaram, tombam e são covardemente perseguidos por falarem o que pensam. Aos que se utilizam da terceira pessoa como referência a si mesmo, tenho uma dica de leitura que pode ajudar a entender essa atitude, leia O Príncipe de Maquiavel, ele dirá quem você é, mas cuidado, ele te faz enxergar dois caminhos a seguir, espero faça a escolha correta.

Postado por Tadeu Nogueira