sábado, 9 de agosto de 2008

PERDER-SE PARA SE ENCONTRAR

O ser humano é um bicho complicado! Está sempre buscando a utópica felicidade e muitas vezes é ele mesmo que estraga tudo. Depois vem com aquelas frases feitas, como 'não era a hora' e 'não tenho sorte'. Sim, nós pensamos que estamos acertando e, de repente, percebemos que ainda há muito o que aprender na vida, principalmente a lição de que ninguém é perfeito (família, amigos, amores). E quase tudo aquilo em que acreditávamos e a que nos agarrávamos nos escapa pelas mãos, perdendo a indestrutibilidade e nos fazendo crer que nossos conceitos muitas vezes são metamorfoseados. De repente, já não sabemos mensurar os limites que nos separam do 'inaceitável'. Mas para chegarmos até aí muitos dos nossos pedaços já foram deixados pelo caminho. Seguindo a linha de raciocínio da grande poetisa portuguesa Florbela Espanca , nós nos perdemos para nos encontrarmos. E, nesses momentos em que nos perdemos, arrancamos também pedaços de algumas pessoas que passam por nossas vidas. Aí nos deparamos com algo muito difícil, porém nobre e digno de elogios. Estou falando aqui do perdão. Sim, nessas horas, percebemos que existem pessoas a serem perdoadas e que nós mesmos necessitamos do perdão de alguém, porque nas muitas tentativas de acertar acabamos machucando-nos uns aos outros. Daí, passamos a constatar uma das mais puras verdades: ninguém é superior, pois todos somos passíveis de erros. Trocando em miúdos, SOMOS IMPERFEITOS. E, se assim o somos, os desentendimentos e suas conseqüências nos ensinam a não sermos cruéis ao julgarmos as ações e as palavras de nosso semelhante, visto que um dia estaremos também na cadeira de réu e certamente não desejaremos provar o gosto amargo de tal circunstância. É uma tarefa difícil, mas não custa nada tentar. Caso a outra pessoa não valorize nosso esforço, pelo menos fizemos a nossa parte. E que vença o bem!!!


Postado Adriana Belchior