terça-feira, 14 de outubro de 2008

O BODE NA MAÇONARIA

Eu duvido que alguém não tenha um dia falado sobre essa lenda maçônica. Já faz parte do dia-a-dia, em salões de beleza, bares, na roda de amigos no mercado, etc. Isso sempre vem à tona quando novos membros são iniciados, os chamados neófitos (palavra que vem do latim neophitus, que significa literalmente nova planta). Sou um eterno curioso, gosto de aprender coisas novas, já cobri vários eventos maçônicos que incluiam iniciações ( até onde o rito permitia) e garanto, aos que nunca viram, que é um cerimonial inesquecível, até mesmo por se tratar de uma instituição secular. A maçonaria, como a conhecemos hoje, segundo o Dicionário da Maçonaria, de Joaquim Gervásio de Figueiredo, no verbete Franco-maçonaria, "foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres". O termo maçom, segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. Agora vamos ao bode. Pois é, quando alguém é iniciado na maçonaria, o povo que não tem muito assunto fica a especular: "Fulanim se entregou ao bode, você soube mermã?", "Sabe o fie da dona Beltrana? Marmenino, agora tá lá...."(O Sr. Google não permite a continuidade da frase). Mas, eu tô mentindo? Pois é, esse é o nosso Camocim e suas lendas urbanas e essa do bode, então, é presença certa nas ruas quando há novos maçons. Fuçando feito bode na grande rede, selecionei o que pode chegar mais perto dessa relação bode-maçonaria. Falo isso porque na internet você encontra versão até pra cor de cada pôr-do-sol ,imagine para uma lenda dessa. Extraí o texto abaixo de um blog maçônico da cidade de Luzilândia (PI). O autor é maçom. James Francisco Mendonça Couto é M.'. I.'. Venerável Mestre da A.'.R.'.L.'.S.'. Liberdade e União Vale do Parnaíba Nº. 15 Oriente de Luzilândia – PI, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica Unida do Piauí. Caso algum maçom não concorde com a versão de seu irmão James, escreva contando esse segredo, juro que não vou contar pra ninguém.
Postado por Tadeu Nogueira

O Texto abaixo é de autoria de James Francisco Mendonça Couto:

Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.´
Mas por que bode? Quis saber Paulo. É por­que o bode é seu confidente. Como o bode nado fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas.
Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior: - “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala, sabe guardar segredo.
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