Até pouco tempo atrás a tela da tv tremia quando William Bonner, com toda pompa e circunstância, anunciava mais uma reunião do G7 (Grupo dos 7 países mais ricos do mundo, mais a Rússia). Esse "mais a Rússia" significa que ela não tem dindim suficiente para entrar no grupo de vez, mas tem algumas maletas espalhadas pelo seu vasto território que, em mãos nervosas, podem reduzir o mundo a sulfato de pó de peido. Por isso, ela participa das reuniões. Depois da crise do setor imobiliário dos EUA e a queda das bolsas, o sinal vermelho acendeu entre os ricos. A maior prova disso foi a recente reunião, nada pomposa, dos países que adotam o euro, com intenção de acalmar o sistema financeiro mundial. Uma das medidas inéditas foi anunciar socorro financeiro aos bancos europeus. Isso significa que a estatização bateu à porta da Europa, o que até ontem era condenado pelos países do Euro, agora não mais, visto que passou de enfraquecimento da economia para solução emergente. Falando em emergente, sabe o que significa uma foto mostrando o Presidente Bush, pela primeira vez, ao lado de um simples ministro da fazenda em uma reunião só de ministros dos países em desenvolvimento? É simples. Os países ricos estão sem saber o que diabo fazer diante da quebradeira que vem por aí, então de repente alguém lembrou por lá que os países em desenvolvimento podem ter a solução para o caos. Isso moveu as pernas de Bush até a sede do FMI, local onde ocorria a até então entediante reunião da turma do fona. Agora a reunião do G20 vai superar sempre a do G7, não apenas no valor numérico, mas também em importância e soluções para que a elite saia da zona de rebaixamento. Eu achava que nao iria viver a tempo de assistir à ruína do império americano, arrastando de quebra a petulância do Velho Mundo. Bush, Sarkozy, Berlusconi e Cia já sentem o bafo dos tigres asiáticos no cangote, e estes estão de olhos bem abertos só esperando a hora do bote final.
Postado por Tadeu Nogueira