As viagens ao exterior realizadas pela primeira-dama do Estado, Maria Célia Habib Moura, e pagas pelo governo, estão amparadas por uma lei e dois decretos criados pelo então governador Lúcio Alcântara, hoje um dos maiores rivais de Cid Gomes (PSB). É o que argumenta o líder do governo na Assembleia, deputado Nelson Martins (PT), em resposta à denúncia protocolada ontem por seu colega Heitor Férrer (PDT) junto ao Ministério Público Estadual, que vai apurar se há ilegalidade nas viagens e se os atos são passíveis de punição. Maria Célia fez duas viagens ao exterior. A primeira foi em 2008, ao Cairo, no Egito, e custou R$ 16.031,27, com passagens em classe executiva, diárias e ajuda de custo inclusas. A segunda foi este ano a Sintra, em Portugal, a um custo total de R$ 11.454,24. Com ela, nas duas viagens, esteve Maria Josete Andrade de Oliveira, lotada na Secretaria do Trabalho, e que viajou em classe econômica.Para justificar a viagem de Maria Célia, que não é servidora do Estado, Nelson cita a lei 13.515, criada em 2004 por Lúcio para autorizar o pagamento de todas as despesas aos chamados “colaboradores eventuais”, que estejam representando o Estado em viagens oficiais. Um decreto de 2004 diz que o chefe de gabinete do governador - cargo hoje ocupado por Ivo Gomes, irmão de Cid (e cunhado de Maria Célia) - é o responsável por decidir quem se enquadra como “colaborador”.
Fonte: O PovoLá vou eu: Ou seja, ninguém pode falar de ninguém nessa história toda. Não é de admirar o silêncio do ex-Governador Lúcio com relação a esse episódio em seu blog. A coisa toda é legal, mas imoral, como quase tudo nesse país.
Postado por Tadeu Nogueira às 17:29h