A neta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvida em recentes gravações feitas pela Polícia Federal, foi funcionária pública comissionada (indicada, sem concurso) no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com méritos. Pelo menos é o que indica portaria publicada no dia 28 de março de 2006, em que ela e outros servidores são elogiados, assinada pelo ministro maranhense e então presidente da corte, Edson Vidigal.Maria Beatriz Sarney foi lotada na secretaria do gabinete da presidência do STJ no período em que Vidigal esteve à frente do tribunal (biênio 2004-2006) e trabalhava na assessoria de relações internacionais. A assessoria de imprensa do STJ não soube informar, porém, se na época em que esteve no STJ, Maria Beatriz Brandão Cavalcanti Sarney tinha diploma de nível superior. O curso de direito que fazia em Brasília só foi finalizado em 2007. Pelo cargo que ocupou no STJ, com salário de R$ 6 mil (bruto), Maria Beatriz Sarney acompanhava o ministro em algumas viagens para fora do país. Em março de 2005, por exemplo, ela foi a Sidney, na Austrália, para “cumprimento de missão exterior”. O STJ desembolsou R$ 6,4 mil com pagamento de diárias usadas pela neta de Sarney na viagem, para participar de colóquio judicial promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em novembro de 2004, o STJ depositou R$ 4,8 mil na conta de Maria Sarney para custear diárias em Washington, nos Estados Unidos, durante fórum global de juízes. Clique aqui para ver as duas ordens bancárias emitidas pelo STJ em favor de Maria Beatriz Sarney.
Fonte: Cartas AbertasPostado por Tadeu Nogueira