
Texto do Jornalista Carlos Chagas:
Faz muito que o carro-chefe da campanha de Dilma Rousseff é o PAC. No Programa de Aceleração do Crescimento o governo jogou tudo, e o presidente Lula, a sorte da candidatura da chefe da Casa Civil. Bandas e fanfarras anunciaram o milagre da multiplicação das obras. O primeiro-companheiro e a candidata viajaram pelo país inteiro, anunciando a redenção da economia e a criação de milhões de empregos através do PAC. O diabo é que o PAC empacou. Apesar do formidável aparato publicitário, vai ficando difícil identificar o desenvolvimento das novas iniciativas materiais do governo dos trabalhadores. Tanto assim que esta semana o presidente Lula cancelou visita a dois municípios mineiros onde, pela programação, haviam sido anunciadas inaugurações ou, no mínimo, a constatação de consideráveis avanços.
O carro-chefe, senão anda descarrilhando, ao menos perdeu potência e vai parando. Adiantará muito pouco o chefe do governo estrilar, passar pitos e lamentar a morosidade do PAC, mas a causa talvez se localize em suas próprias atividades. Com tantas viagens ao exterior, o Lula descuidou-se do interior. Será sempre bom lembrar a obsessão de Juscelino Kubitschek na construção de Brasília, considerada missão impossível. Pelo menos duas vezes por semana, encerrado o expediente no palácio do Catete, ele tomava o rumo do aeroporto, entrava no avião presidencial que levava três horas para chegar ao Planalto Central, vestia o pijama, dormia e, alta madrugada, estava inspecionando obras variadas. Retornava à aeronave, dormia mais um pouco e chegava para o café da manhã na antiga capital. A presença do feitor é essencial para o bom andamento do feito.
O carro-chefe, senão anda descarrilhando, ao menos perdeu potência e vai parando. Adiantará muito pouco o chefe do governo estrilar, passar pitos e lamentar a morosidade do PAC, mas a causa talvez se localize em suas próprias atividades. Com tantas viagens ao exterior, o Lula descuidou-se do interior. Será sempre bom lembrar a obsessão de Juscelino Kubitschek na construção de Brasília, considerada missão impossível. Pelo menos duas vezes por semana, encerrado o expediente no palácio do Catete, ele tomava o rumo do aeroporto, entrava no avião presidencial que levava três horas para chegar ao Planalto Central, vestia o pijama, dormia e, alta madrugada, estava inspecionando obras variadas. Retornava à aeronave, dormia mais um pouco e chegava para o café da manhã na antiga capital. A presença do feitor é essencial para o bom andamento do feito.
Postado por Tadeu Nogueira às 06:29h