O setor lagosteiro do Ceará vive momento complicado. Produtores e distribuidores sofrem com a pesca predatória, que compromete os estoques do Estado. Após um período de defeso, que durou seis meses, o maior dos últimos 50 anos, os pescadores que voltaram ao trabalho passaram a ter que lidar com problemas como baixos preços de revenda e concorrência desleal, entre outras dificuldades. Desde o fim do defeso da lagosta, o Ibama já apreendeu 122 quilômetros de redes caçoeiras, duas toneladas do pescado, além de seis compressores. “A maioria dos pescadores, mesmo aqueles que possuem registro, utilizam-se da pesca predatória no Estado”, avaliou o chefe de Fiscalização e de Proteção Ambiental do Ibama cearense, Rolfran Cacho. Segundo Cacho, o Ibama dispõe de 30 fiscais no Estado, sendo dez específicos para a pesca da lagosta. “No momento, estamos trazendo profissionais de São Paulo e Paraíba. Também dispomos de uma lancha rápida que vasculha uma área de 200 quilômetros de costa”, detalha. Para o presidente do Sindicato dos Pescadores e Armadores dos Estados do Ceará e Piauí (Sindipesca), José Maria Veras Filho, a atuação ainda é insuficiente. “Não concordo que a maioria dos trabalhadores exerça pesca predatória. O que existe é falta de fiscalização. É como na ‘cracolândia’, se não tomam conta, os viciados se aglomeram”, comparou. Veras Filho pede uma operação conjunta entre os poderes governamentais e os sindicatos ligados à pesca. “Tirando raríssimas exceções, normalmente as prefeituras não agem para diminuir o problema”, acusou. Rolfran Cacho não vê desta forma. Leia a matéria completa AQUI.Fonte: O Povo
Postado por Tadeu Nogueira às 05:46h