sábado, 15 de agosto de 2009

A MISÉRIA DE UNS ENRIQUECENDO OUTROS

AGÊNCIAS DE TURISMO
LUCRAM COM A DESGRAÇA ALHEIA
No Brasil, o exemplo mais conhecido é a favela da Rocinha, que atrai por ano 42 000 turistas de outros países. Na Inglaterra do século XIX não era considerado impróprio aos moradores abastados de Londres, de vez em quando, praticar o slumming, a visita aos bairros pobres (slums) por curiosidade ou em busca de aventura e de experiências excitantes para o paladar e os olhos. Em troca, deixavam-se alguns trocados para os moradores. O pico de prosperidade material nos Estados Unidos depois da II Guerra Mundial reduziu a pobreza extrema aos guetos de minorias raciais. Uma vez vencida, a miséria pode ser até cultuada como fonte de "pureza" e de inspiração. Ainda hoje, os visitantes prósperos são atraídos às favelas como um remédio para o tédio burguês, pela ideia da pobreza como purgadora e, claro, pela certeza de que eles próprios nunca vão morar naqueles casebres. Filmes como Cidade de Deus aumentaram o número de visitantes à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Fonte: Revista Veja
Lá vou eu: Esse tipo de turismo bizarro é mais uma prova da banalização da miséria humana. Pessoas são vistas como "coisas", atrações de um circo de horrores gerados pela desigualdade social. Infelizmente Camocim entraria com facilidade nesse roteiro, basta olharmos como vivem alguns camocinenses.
Postado por Tadeu Nogueira