terça-feira, 13 de outubro de 2009

O PODER CENTRALIZADOR E AS MENTES PROVINCIANAS: UMA NÃO VIVE SEM A OUTRA

A Vereadora de uma cidade do interior do Ceará levou ofício ao Comandante da Guarda Municipal requerendo o isolamento de dois acessos para que fosse possível a realização de uma tarde de brincadeiras para as crianças de um bairro. O Comandante da Guarda nem olhou o ofício, disse que só obedecia ordens diretas do Prefeito da Cidade, que se ela Vereadora, quisesse, fosse pedir ao Prefeito, depois, caso o Prefeito assim decidisse, ele enviaria seus bravos homens para que os acessos fossem obstruídos. A Vereadora então partiu para o plano B, ligou para o 190, explicou a situação por telefone e diferentemente do que escutou do Comandante da Guarda, não recebeu o "conselho" para que procurasse o Governador do Estado para liberar, ou não, o que pedia o ofício. Simplesmente foi designado os policiais militares para o local, assegurando assim a segurança das crianças, na sua maioria carentes, que aguardavam ansiosas pelo início da tarde de brincadeiras no seu dia, 12 de outubro. O poder centralizador, segregador e reacionário de certos governantes esbarra nas diversas opções que um país democrático como o nosso oferece. Triste de um povo que ainda padece dessa prática medieval e tacanha de tratar seus contribuintes. Agora vocês imaginem se a festa não fosse para as crianças. Certamente teríamos uma Vereadora no calabouço, à pão e água (pensando bem, acho que só pão).
Postado por Tadeu Nogueira às 10:07h