quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA ALEGA FALTA DE QUÓRUM E ENCERRA SESSÃO

A Sessão da Câmara de Vereadores de Camocim, realizada às 18:00h de hoje (14), teve de tudo, menos a votação dos dois pareceres do TCM, um aprovando as contas de 2003, do ex-prefeito Sérgio Aguiar e outro que desaprovava as contas de 2006, do prefeito Chico Vaulino. O tempo ia passando e o semblante dos Vereadores da situação era preocupante, tenso, incrédulos com o que estava ficando cada vez mais real: A bancada de oposição simplesmente não iria comparecer. Isso era o presságio de duas derrotas políticas, uma porque somente com 7 votos seria possível derrubar o parecer que desaprovava as contas de seu líder maior, o Prefeito Chico Vaulino e de quebra ainda beneficiariam o adversário político e ex-prefeito de Camocim, Sérgio Aguiar, já que não conseguiriam derrubar o parecer que aprovava as contas do mesmo. Emissários da situação procuraram, até onde Lázaro informou, dois Vereadores da oposição, com argumentos um tanto incisivos no intuito de "convencer" os mesmos da inocência do Prefeito Chico Vaulino, alegando um suposto erro do TCM. Diante do vazamento dessas investidas e baseado no fato que a votação é secreta, um sétimo voto, que salvaria Chico Vaulino, seria atribuído ao uni duni tê, talvez daí tenha vindo a decisão do esvaziamento da sessão por parte da oposição. O curioso a partir da constatação dessa decisão foi a tentativa hercúlea da bancada da situação, que contava com 6 Vereadores, em encontrar no regimento interno, na lei orgânica e até no manual do gelágua da Câmara, algum argumento que conseguisse encerrar a Sessão por falta de quórum ou qualquer outro meio.
O Presidente Juliano Cruz suspendeu a sessão e após 35 minutos na sala das comissões, o procurador jurídico da Câmara, Marcos Coêlho, veio até a tribuna e anunciou o que todos da bancada esperavam, finalmente ele encontrara, segundo ele, na Lei Orgânica e no Regimento Interno, artigos e incisos que davam suporte para o encerramento da Sessão sem deliberação do mérito.
De imediato a Sessão foi encerrada pelo Presidente Juliano Cruz, que convocou uma extraordinária para a próxima terça-feira (20), prazo final, segundo o Presidente, para a votação dos pareceres.
Enfim, o sétimo voto existe, talvez a forma de convencimento tenha sido fraca, sem muita consistência, mas diante do susto de hoje, é esperado que os argumentos sejam reforçados durante os próximos cinco dias.
Postado por Tadeu Nogueira às 21:28h
Foto: Tadeu Nogueira