quinta-feira, 29 de abril de 2010

PREFEITO DE CAMOCIM CONSEGUE APROVAR PROJETO "SKY" DE AUMENTO DE SERVIDORES

CÂMARA CONTINUA BRINCANDO
DE "CHEFINHO MANDOU"
Vereadores não podem emendar, reajustar ou interferir de alguma forma em projetos do executivo que tratam de salários. Não podem porque o poder de pagar, de reajustar, enfim, de tratar dessa matéria fica a cargo do executivo. Os Vereadores podem, além de apreciarem em votação o projeto, agirem como uma espécie de ponte entre as categorias incluídas no texto e o Prefeito. É aí que entra a figura das comissões, local onde as mensagens do executivo são apreciadas, do ponto de vista da viabilidade constitucional, assim como as vantagens e desvantagens que incidirão diretamente no bolso do mais interessado: O servidor.
Agora o que dizer da tramitação de um projeto que chega ao meio-dia, na mesma data da Sessão, com pedido de urgência especial? No caso do projeto de lei de aumento de parte dos servidores de Camocim, o caso é mais grave, pois ele estampa na capa sua data de elaboração: 06 de Abril de 2010. Pois é, há exatos 22 dias a cúpula da administração sabia o que constava no projeto e eis que surge a pergunta: Será que os Vereadores do Prefeito sabiam também ou não?
É nesse momento que entra o "pacote sky" do Prefeito Chico Vaulino. Antes, vamos explicar o motivo desse nome.
Quando você escolhe um pacote de Tv por assinatura, boa parte dos canais podem até agradar, mas embutido nele vem o "rifugo", a bagaceira. O problema é que a empresa não permite que você separe o joio do trigo, não aceita que você fique só com os bons canais.
Foi exatamente isso que o Prefeito de Camocim fez, cerceou os Vereadores, principalmente os de oposição, já que os de situação, pela lógica, gozam de informações privilegiadas com relação ao que vem do executivo. Se não fosse assim, pra que existe então o Vereador que simboliza a liderança do poder municipal nas votações e discussões de projetos?
No pacote sky do Prefeito, veio muito "rifugo", que pelo pedido de urgência insensato, já que o projeto existia desde o dia 06 de abril, colocou os vereadores na situação de aprovar na totalidade ou cometer o suicídio político de pedir vistas. A Prefeitura usou da tática do cansaço, soltando factóides semanais de que seria nessa ou naquela semana que haveria a votação. A tática funcionou, o stress tomou conta dos servidores, principalmente os da guarda municipal, que voltaram a ter o mesmo salário que recebiam em 2004, ou seja, na prática não avançaram um centímetro em termos de conquistas. Continue lendo AQUI
Postado por Tadeu Nogueira às 08:27h