sexta-feira, 13 de julho de 2012

PREFEITO, UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO NO BRASIL

O artigo abaixo é de autoria de Saraiva Júnior, Auditor Fiscal do Trabalho e membro do Conselho de Leitores do Jornal O Povo:
Antigamente a pessoa mais importante da cidade era o coronel, com ou sem patente. Ele exercia a função de chefe político, aquele que escolhia os candidatos a prefeito, deputado e até governador. Quando não ficava satisfeito com o desempenho do político, ele passava a ser o próprio candidato. O homem dava as ordens e ai daquele que não as obedecesse! Outra personalidade marcante da vida política da cidade era o padre. Digamos que o padre foi um coronel esclarecido, afinal, estudara no seminário, a melhor escola da época. Ele não somente tomava de conta das almas dos que se foram, como das dos que ainda continuavam vivos. Nos tempos atuais, a pessoa mais importante da urbe passa a ser o prefeito. Esse era um cargo para quem tinha amor à cidade. Naturalmente o cidadão deveria ser um dos mais populares. O prefeito não precisava prometer mundos e fundos, pois sua honestidade estava respaldada em seu passado sem mácula. O prefeito era aquela pessoa cuja sensibilidade captava o sonho de seu povo e o transformava em realidade. Sua administração simples, sem corrupção e com obras necessárias, falava por si própria.
O coronel se esvaiu com o fim das ditaduras e a queda paulatina do analfabetismo. O padre entrou em contradição com aquilo que pregava e com aquilo que praticava, caindo na desgraça do povo. Isso não quer dizer que não existiram padres e coronéis honrados. Difícil era combinar a forma autoritária de se fazer política com os princípios da exigente democracia. Eis que a era dos prefeitos está se acabando. Nas mãos desses políticos, a prefeitura virou um balcão de negócios sujos. Infelizmente ser prefeito tornou-se sinônimo de pessoa que faz transações escusas e enriquece da noite para o dia. Quase todo candidato a prefeito deixa a população com uma pulga atrás da orelha. Hoje o prefeito é o Lobo Mau que pensa que o povo é a boba da Chapeuzinho Vermelho. Assim aquele jovem idealista e cheio de bons propósitos está, cada vez mais, afastando-se da política. Esse parece ser o legado que os atuais prefeitos estão deixando para as futuras gerações no Brasil. Em um futuro próximo, talvez a população sem prefeito encontre o seu caminho.
Lá vou eu: O "Prefeito" centralizador, ditador, reacionário, egocêntrico, petulante, incompetente, perseguidor, e extremamente hipócrita e demagogo, infelizmente, continua sendo uma realidade em inúmeras cidades que sucumbem sobretudo ao desemprego, o que torna o prefeito, segunda sua visão, o dono e senhor dos destinos de quem precisa implorar pelo seu ganha pão. Isso só acontece em cidades sem vagas no mercado de trabalho. Além disso, esses prefeitos tratam a prefeitura como se fosse uma empresa familiar, nomeando parentes, aderentes e "absorventes" para os cargos vitais e mais rentáveis dentro do órgão. 
Postado por Tadeu Nogueira às 09:08h
Com informações do Jornal O Povo