terça-feira, 5 de março de 2013

MONICA AGUIAR DIZ QUE DECISÃO DA CÂMARA VISA ATRAPALHAR SUA ADMINISTRAÇÃO E PREJUDICAR PESSOAS

"ALGUNS VEREADORES QUE SEMPRE
 FORAM A FAVOR DE CONTRATAÇÕES, 
VOTARAM CONTRA AGORA PORQUE
 A PREFEITA SOU EU",  DISSE A 
CHEFE DO EXECUTIVO DE CAMOCIM
Durante quase 90 minutos de entrevista, no início da tarde desta terça-feira (05), concedida ao Radialista Marcelo Barros, apresentador do Programa Grande Jornal, apresentado de segunda a sexta na Rádio Pinto Martins 98,7 FM, a Prefeita de Camocim, Monica Aguiar (PSB), relembrou a forma como recebeu o município, falou de alguns avanços, mesmo ainda estando com dificuldades administrativas extremas, e tocou nos polêmicos temas "Projeto de Contratação de Servidores Temporários" e "Concurso de Camocim. De acordo com ela, sobre a sessão legislativa de ontem, em que o projeto de lei que contrataria temporários para o serviço essencial do município não foi aprovado, "houve inconsistência e incoerência por parte da oposição". 
Lembrou que os vereadores de seu grupo político, mesmo na oposição, jamais votaram contra contratações, pois seria como votar contra o povo de Camocim, já que é necessário esse tipo de servidor em qualquer administração. 
"Quero deixar claro que a lei que encaminhei à câmara, é uma lei que nos últimos 20 anos, tendo ou não concurso, sempre foi aprovada. Na educação, por exemplo, temos servidores readaptados, licenças médicas. São situações em que precisamos substituir o servidor temporariamente com contratados. Na saúde, como fazer para contratar médicos? Essa justificativa da oposição de citar o concurso, como desculpa para não ter aprovado o  projeto de lei, não tem sentido, pois nunca me posicionei contra o concurso. A lei não tinha nada a ver com concurso", disse Monica Aguiar. 
A Prefeita disse ainda que o concurso é importante para o município que a administração necessita apenas de um tempo para ter um diagnóstico, para saber se foi realizado dentro da legalidade, da ética e da democracia. Depois disso, ela poderá se posicionar sobre o concurso. Disse que não poderia assinar um ato sob risco de ser responsabilizada depois por algo de errado que surgisse. 
Lembrou que o concurso vinha sendo empurrado desde 2009, e que parte dos vereadores nunca cobrou a convocação antes.  Os mesmos vereadores que sempre votaram a favor de contratações temporárias, não foram contra os 2 mil que foram contratados no período eleitoral do ano passado. "Hoje eles são contra contratações porque a prefeita sou eu. Porque o objetivo é atrapalhar a administração, é me atingir. Isso vem ocorrendo de forma premeditada desde o caso da dívida deixada pelo Ex-Prefeito junto ao INSS, pois ele saiu sabendo que o órgão iria cobrar nos dois primeiros repasses de 2013. Com a decisão da Câmara ontem, muitas pessoas foram barradas, porque no fundo eles queriam atrapalhar a gestão, e ao fazerem isso, atingiram o povo", disse ela. E disse mais: "O caminho era a parceria com o poder legislativo, o poder legislativo dificultou isso. A partir de agora vamos tomar as medidas para garantir a continuidade dos serviços essenciais". Completou dizendo que por falta de fiscalização desses mesmos vereadores, o município foi entregue em situação calamitosa. De acordo com o que disse Monica Aguiar, os contratados atuais, por força do decreto de emergência administrativa, ficarão em seus cargos até 30 de Março de 2013, quando termina o prazo de 90 dias. Ela lembrou ainda que o TCM está na cidade investigando as denúncias de desmonte praticado pela administração anterior, e que o MP também está investigando, para cobrar depois, dos responsáveis, a responsabilidade pelas ações e omissões. A empresa que está fazendo um diagnóstico de gestão no município é a Associação Cearense de Estudos e Pesquisas (ACEP), de Fortaleza, que deve entregar o relatório à prefeita até o final de abril. 
Postado por Tadeu Nogueira às 16:05h