
A
audiência foi iniciada pelo supervisor do Núcleo de Impacto Ambiental da
Semace, Ivan Botão, que deu as boas vindas aos presentes e informou que aquele
era o momento da comunidade conhecer o projeto, tirar dúvidas sobre ele e
opinar sobre a sua instalação na região. Botão ressaltou, ainda, que esse tipo
de audiência pública trata-se de um dos pré-requisitos do processo de
licenciamento ambiental.
Em
seguida, foi a vez de Danilo Saraiva, representante da consultoria ambiental
responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e seus respectivo
Relatório (EIA/Rima) do projeto, apresentá-lo. O complexo eólico e fotovoltáico
terá capacidade total instalada de 652 MW, sendo 452 gerados por eólica e os
200 restantes pela solar. Ao todo, segundo informou Saraiva, estão inseridas no
projeto 17 usinas eólicas e 10 solares. Serão 226 aerogeradores, cada um com
potência para produção de 2 MW. A área total do empreendimento contempla 7.500
hectares.
De
acordo com o EIA/Rima, a região que a empresa pretende instalar o complexo é
localizada em tabuleiros pré-litorâneos. No estudo foram catalogados 139
impactos ambientais, sendo 58,27% de caráter benéfico e 41,73 adversos, não
tendo nenhum impacto negativo de grande magnitude.
Um
dos grandes anseios da população local era saber se a instalação do
empreendimento absolverá a mão de obra local. Representando a empresa, Carlos
Morais informou que haverá sim a contratação de trabalhadores da comunidade e
que reuniões serão promovidas futuramente para ver a demanda e a oferta.
Após
finalizada a audiência pública e considerada pela Semace como válida, o próximo
passo do processo de licenciamento ambiental é a conclusão do parecer técnico
pela autarquia e a inclusão do projeto na pauta da reunião do Conselho Estadual
do Meio Ambiente (Coema) para que ele aprecie, discuta e vote a liberação por
parte da Semace da Licença Prévia do complexo.
Postado por Tadeu Nogueira às 16:25h
Com informações da SEMACE