
Na Era Vaulino, por exemplo, quando a cidade foi governada por um inapto, inerte e prepotente administrador, inimigo declarado da imprensa livre, principalmente nos carnavais, além do culto ao nome e número do partido da criatura, hoje quem se diz contra essa prática na administração atual, cansou de ficar rouco de tanto falar "Chico Vaulino Moral", ou então, "É 11", durante 4 noites, sem nenhum "pingo de cerimônia". Teve até um carnaval, isso em 2011, com um trio elétrico, onde havia uma faixa gigante, escrita "Chico Vaulino, você é 11". Pra quem não lembra, e pelo jeito tem muita gente esquecida, ou hipócrita, vou refrescar a memória AQUI. E AQUI segue a matéria escrita por mim em 2011.
Parece que nessa época, para alguns, essa prática era "normal", sem nenhum tipo de afronta à lei, que veda a propaganda pessoal em eventos públicos. Aliás, em 2011, mesmo diante da foto do trio, nenhuma autoridade tomou providências a respeito. Ficou todo mundo caladinho. Menos eu.
Minha liberdade concede, por exemplo, o direito de relembrar esse fato, e condenar o excesso de "alôs", de referências ao nome da Prefeita Monica Aguiar durante os 4 dias de folia em Camocim neste ano. Essa errônea continuidade adotada pela administração passada deveria ter sido abolida pela atual. Citar o nome de um gestor uma vez ou outra não constitui nenhum tipo de crime, e considero até uma forma de agradecer pelo trabalho realizado, mas fazer isso praticamente entre uma música e outra, além de irritante para quem foi se divertir, vindo de outra cidade, deixa explícita a propaganda pessoal. O pior é que essa prática é adotada em praticamente todas as cidades.
Seja Chico Vaulino, Monica Aguiar, "cicranos" ou "beltranos" que governem Camocim, sempre vou defender com "unhas e dentes" o sagrado direito de expressar minha opinião, dentro da lei, fazendo com que a mesma chegue a todos que realmente interessam ao blog, ou seja, nosso leitores. O carnaval de Camocim foi grande, é inegável, é um fato, tendo sido elogiado pela organização e atrações oferecidas. Óbvio que falhas aconteceram, mas isso é normal, desde que dentro de uma cota mínima e aceitável. Só esse reconhecimento já bastaria. Em eventos, ou na administração diária de uma cidade, entendo que o gestor deve ser coadjuvante, e não protagonista, pois esse papel cabe ao povo, afinal, é pelas mãos do povo que alguém se torna governante. Pessoalmente, considero a vaidade um dos maiores defeitos de um gestor, e aposto minhas "havaianas" como grande parte do povo pensa da mesma forma. Que venha mais um grande carnaval, e com ele, a exclusão da continuidade do erro que acabou ficando como herança.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:00h