
O debate foi marcado para celebrar o Dia
Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta sexta-feira (21). Para
Elizabeth Tunes, doutora em Psicologia Educacional e professora da Universidade
de Brasília (UnB), ainda há muito preconceito na sociedade e nas escolas devido
à padronização do currículo e do ritmo de ensino. A professora defendeu uma
legislação que assegure uma escola democrática.
- Por favor, pensem numa escola democrática
verdadeiramente. É uma escola em que não há padronização de currículo, não há
padronização de ritmo, o jovem estudante é atendido naquilo que é o interesse e
a necessidade dele e não naquilo que a universidade definiu que tem de ser para
passar no vestibular. Isso é um absurdo! Isso é manter os mecanismos da
exclusão social - disse.
Na opinião de Lurdinha Danezy, fundadora da
Associação de Mães em Movimento e uma das autoras do livro Cadê a Síndrome
de Down que estava aqui? O gato comeu, é preciso repensar a postura em relação
à diferença biológica das pessoas. Lurdinha cita o seu filho Lúcio Piantino -
artista plástico que tem a Síndrome de Down e está expondo seus quadros na
chapelaria do Congresso Nacional - como exemplo de uma mudança de olhar para a
síndrome.
Se na questão educacional ainda é necessário
melhorar muito as políticas públicas, em relação à atenção à saúde dos que
possuem a síndrome o país se coloca em primeiro lugar no mundo, de acordo com o
médico pediatra e doutor em Farmácia Zan Mustacchi. Para o médico, oportunidade
é a palavra-chave para o desenvolvimento das pessoas com Síndrome de Down.
Segundo Mustacchi, a população com Síndrome de Down no país está aumentando, porque as mulheres estão tendo filhos com idades mais avançadas. Se na década de 1990 havia cerca de 300 mil brasileiros com a síndrome, em 2014 há 432 mil. No entanto, a expectativa de vida dessas pessoas tem crescido. Na década de 1950, era de 15 anos, e, atualmente, está entre 60 e 70 anos de idade.
Segundo Mustacchi, a população com Síndrome de Down no país está aumentando, porque as mulheres estão tendo filhos com idades mais avançadas. Se na década de 1990 havia cerca de 300 mil brasileiros com a síndrome, em 2014 há 432 mil. No entanto, a expectativa de vida dessas pessoas tem crescido. Na década de 1950, era de 15 anos, e, atualmente, está entre 60 e 70 anos de idade.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:00h
Com informações da Agência Senado