
Depois do Porto foi a Ferrovia, dois motores da
economia local que, juntos, influenciaram na constituição do espaço urbano de
Camocim. Caminhando pelas ruas próximas ao porto e a estação é possível ver a
presença de um conjunto arquitetônico construído entre os séculos XIX e XX,
casas de morada, casas de comércio, os armazéns, as residências de funcionários
da ferrovia, a sede da instituição alfandegária, a presença dessas figuras
icônicas é marcante para a paisagem da cidade. O espírito do observador atento
percebe esse conjunto arquitetônico como algo especial inserido na paisagem de
uma pequena cidade do interior, essas construções que fazem parte do patrimônio
histórico e cultural da cidade, estão sobrevivendo a especulação imobiliária
que vem ocorrendo nesses últimos anos na cidade. Muitas prédios, na região
central da cidade, de arquitetura neoclássica, construídos há mais de um século
já sucumbiram a especulação imobiliária, dando lugar a novas construções, assim
como fachadas estabelecimentos comerciais rica em detalhes neoclássicos e com
platibandas, são descaracterizadas ou melhor destruídas. Ao nos depararmos com
essas paisagem da cidade e observando o local onde ocupam essas construções de
outros tempos, é como estivessem ali, em um local errado, devido as tantas
mudanças físicas que ocorrem ao seu redor, mas um fato é certo, e já foi dito,
essas construções tentam sobreviver.
É preciso dizer, no entanto, que essa sobrevivência não depende "das construções", como ressalta a autora, que "tentam sobreviver". Ela, a sobrevivência, é resultado das ações humanas, mediadas ou não por aspectos ligados à memória, à história, ou da intervenção de órgãos preservacionistas, enfim, está na mão dos homens a preservação de um fragmento de nosso passado. Nesse sentido, o trabalho da historiadora Jana da Silva Barbosa Mendes chama a atenção para uma ação nesta perspectiva. Nossos parabéns!
É preciso dizer, no entanto, que essa sobrevivência não depende "das construções", como ressalta a autora, que "tentam sobreviver". Ela, a sobrevivência, é resultado das ações humanas, mediadas ou não por aspectos ligados à memória, à história, ou da intervenção de órgãos preservacionistas, enfim, está na mão dos homens a preservação de um fragmento de nosso passado. Nesse sentido, o trabalho da historiadora Jana da Silva Barbosa Mendes chama a atenção para uma ação nesta perspectiva. Nossos parabéns!
Carlos Augusto Pereira dos Santos
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