Hoje vi na mídia a cópia quase perfeita de uma prática secular existente em Camocim, e que de certa forma, em nova embalagem, vem sendo adotada por políticos de grande envergadura. É que em Camocim, desde sempre, algumas famílias tradicionais, e recentemente nem tanto assim, adotam, de forma consensual, a tática de pescar com duas "linhas na água".
Funciona assim: Enquanto o marido apoia a oposição, a esposa é aliada da situação, ou vice-versa. Dessa forma, independente do grupo que alcançar o poder, as "vantagens" entram em casa, por exemplo, pelo meio clássico, o de empregos para os filhos. Melhor ainda quando a prole é grande, isso valoriza o "voto", e fechando em par, cada metade fica com o pai ou a mãe. No fundo é tudo muito combinado, e no "frigir dos ovos", todos saem ganhando, pois a família acaba usufruindo direta ou indiretamente das benesses do poder a cada nova eleição.
Trazendo essa prática para o lado de políticos poderosos e milionários, vejo a mesma prática sendo aplicada pela dupla de neo-aliados Eunício e Tasso. O primeiro jura que apoia Dilma, sendo que o outro, discursando ao lado, no mesmo palanque, faz declarações de lealdade eterna a Aécio. No fundo a prática é a mesma, o objetivo é o mesmo, com tudo bem combinado, ensaiado, e brilhantemente interpretado com maestria por veteranos na arte de "atuar", seja lá ou aqui.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:00h
