Não se trata de xenofobia, mas da constatação de uma realidade. É cada vez maior o número de reclamações postadas em redes sociais, na cidade de Camocim, contra um estabelecimento localizado na beira-mar, administrado por um francês. De acordo com essas manifestações, o proprietário proíbe, usando de rispidez, o estacionamento de veículos em frente ao local, mesmo não existindo nenhuma placa determinando isso, sob a desculpa de que os veículos tiram a visibilidade da fachada do estabelecimento. Como se não bastasse, um cliente, que confirmou que agora é ex-cliente, disse ao blog, que sua filha, ainda criança, passou por um constrangimento no momento em que precisou usar o banheiro do lugar.
De acordo com ele, o banheiro é unissex, e na ponta da corda da descarga, existe um objeto que simula o órgão genital masculino.
"Se ele quer liberdade para instalar essas coisas no local, que mude sua razão social para algo que proíba a entrada de menores", disse o ex-cliente. Além disso, em recente postagem no Facebook, um conhecido empresário disse que além de obstruir a calçada, o francês não emite nota fiscal, o que configura crime de sonegação. Ele também diz ter sido constrangido pelo francês, que exigiu que seu veículo fosse retirado da frente do estabelecimento. Enfim, entendo que se eu for a Paris, tenho que me adaptar às leis da capital francesa, e obedecer suas normas, para evitar sanções por parte das autoridades, assim como penso que os franceses que estiverem em Camocim, deveriam fazer a mesma coisa.
Por outro lado, fica a pergunta: Será que se a pessoa em questão fosse um Camocinense tentando ganhar o pão de cada dia, teria feito um "alpendre" em cima de uma calçada, obstruiria essa mesma calçada, usaria um objeto de cunho erótico na descarga de seu banheiro, deixaria de emitir nota fiscal, e ainda iria constranger as pessoas agindo como se mandasse no trânsito da cidade? Não sei a resposta, mas de uma coisa eu sei, Paris não é aqui.
Postado por Tadeu Nogueira às 13:00h
