Antigamente,
quando os marinheiros ingleses aportavam por aqui em navios de escala comercial,
gostavam de comprar macaquinhos, periquitos e outros bichos. Um dos nossos depoentes
em trabalhos acadêmicos, o Sr. Euclides Negreiros, certa vez nos
disse: “Quando eu era menino, subia nos navios para vender laranjas e
soins para os marinheiros ingleses (...) eu pegava os macaquinhos, dava de
comer e amansava para vender pra eles”.
Mas os ingleses não foram somente compradores de
espécimes da nossa fauna. Os mesmos estiveram aqui quando da construção da
Estrada de Ferro de Sobral. Acharam tão bom o negócio que depois uma firma
inglesa arrendou a ferrovia através da The South American Railway Construction
Company Limited, entre 1910 a 1915, empresa comandada por Mister Hull
que hoje é nome de avenida em Fortaleza.
No entanto, a presença inglesa não ficou por aí. Nos anos 1940 a Booth Line, empresa de navegação, explorou no Porto de Camocim o serviço de alvarengagem, que se resumia ao embarque e desembarque de mercadorias dos navios em alto mar. À época, dizia-se que o porto de Camocim não tinha condições de receber os navios. Desta forma, os navios ficavam fundeados na boca da barra e as alvarengas realizavam o embarque e desembarque destes navios, encarecendo produtos e fretes, inviabilizando de certa forma a passagem de navios em nosso porto. Em 1946 o comandante do Navio Aratanha pôs por água abaixo essa mentira que durou mais de uma década, a qual, dizia-se, era confirmada pelo prático da barra e a empresa inglesa. No entanto, essa é uma história controversa que merece ainda ser melhor apurada. Com certeza, outros ingleses devem ter tido alguma relação com a nossa história. Esses fragmentos, no entanto, são o que os nossos conhecimentos e registros nos permitem fazer.
No entanto, a presença inglesa não ficou por aí. Nos anos 1940 a Booth Line, empresa de navegação, explorou no Porto de Camocim o serviço de alvarengagem, que se resumia ao embarque e desembarque de mercadorias dos navios em alto mar. À época, dizia-se que o porto de Camocim não tinha condições de receber os navios. Desta forma, os navios ficavam fundeados na boca da barra e as alvarengas realizavam o embarque e desembarque destes navios, encarecendo produtos e fretes, inviabilizando de certa forma a passagem de navios em nosso porto. Em 1946 o comandante do Navio Aratanha pôs por água abaixo essa mentira que durou mais de uma década, a qual, dizia-se, era confirmada pelo prático da barra e a empresa inglesa. No entanto, essa é uma história controversa que merece ainda ser melhor apurada. Com certeza, outros ingleses devem ter tido alguma relação com a nossa história. Esses fragmentos, no entanto, são o que os nossos conhecimentos e registros nos permitem fazer.
Carlos Augusto Pereira dos Santos