A versão inicial que ronda o assassinato de uma criança autista, de apenas 9 anos, em Fortaleza, ocorrido na madrugada de segunda para terça (11), levantou dúvidas após uma simples edição de texto. Apontado como culpado do crime, o pai do menino, um Subtenente do Exército, está em coma. Segundo a esposa, ela e o militar tiveram uma luta corporal e ele teria dado, primeiro a ela, de cinco a seis comprimidos de clonazepam, um anticonvulsivo tranquilizante, com vinho. Depois, teria dado o mesmo medicamento ao garoto e, por fim, tomado ele também a droga.
O Subtenente deixou no Facebook uma mensagem, antes do ocorrido, explicando o que faria, e por que faria. O estranho de tudo isso é que um trecho dessa mensagem foi alterado poucas horas depois. O problema é que no momento dessa alteração, que só poderia ser feita pelo próprio militar, ou por alguém que tenha sua senha, ele estava em coma no hospital, sob custódia da polícia, e já autuado por homicídio, lesão corporal, e violência doméstica na Lei Maria da Penha. Agora, além da versão do crime, que ficou comprometida, fica a pergunta: Quem e por que alteraram o texto do militar no Facebook?
Mais mistério: Hoje pela manhã, o perfil da esposa do Subtenente no Facebook havia sido retirado do ar.
Para tentar chegar às respostas, o Delegado da Polícia Civil, Wilder Brito, disse que vai averiguar todas as hipóteses.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:00h