
Uns afirmam que a pesca predatória tem muito a ver com isso, e acrescentam que essa queda vertiginosa da produção tem causas naturais. Enquanto isso, outros culpam a falta de apoio, de fomento ao setor por parte dos governantes. Como exemplo, no caso de Camocim, o alvo preferido é o Terminal Pesqueiro, obra que custou mais de 10 milhões aos cofres federais, sendo considerado hoje um enorme "elefante branco", que não disponibiliza nem mesmo de gelo para os barcos que lá atracam. Aliás, o gelo marinho só é produzido pela iniciativa privada, não excedendo as 40 toneladas por dia, algo ainda insuficiente diante da demanda. Para se ter uma ideia, em Carutapera, no Maranhão, cidade pesqueira de apenas 25 mil habitantes, somente um empresa é capaz de produzir 100 toneladas em um dia apenas. Seja qual for o motivo do quase desaparecimento de Camocim entre os grandes da pesca, ele precisa ser discutido entre pescadores, armadores, poder público, para que algo seja feito para salvar o que já foi o cartão de visita de Camocim. Do contrário, logo, logo estaremos comendo peixe de outros estados.
Postado por Tadeu Nogueira 09:00h