O problema é antigo, a solução não
chega, e as denúncias continuam. Começou em Camocim mais um período de férias, e com ele, a possibilidade maior dos falsos flanelinhas faturarem de motoristas
e motociclistas, por meio da ameaça, extorsão e medo. Mesmo com várias
denúncias publicadas Camocim Online, reproduzidas por emissoras de rádio, nada
foi feito para combater de forma efetiva a ação desses marginais em plena Praia
das Barreiras, uma das mais frequentadas da cidade, área que concentra um grande
número de barracas e restaurantes.
Todos os finais de semana, e agora nas
férias, praticamente todos os dias, moradores e visitantes precisam pagar, caso
queiram estacionar seus veículos naquela praia. Quem não paga, escuta ameaças, são aterrorizados por uma verdadeira quadrilha que se instalou na área. Lá o território é deles, lá eles fazem as próprias leis.
No último domingo (05), chegou ao blog
o seguinte relato de uma internauta:
"Quem frequenta a Praia das
Barreiras está a mercê de drogados que se passam por flanelinhas. Dois domingos
seguidos que vou ali, e dois domingos seguidos que é mesma coisa. Os
dependentes colocando sobre pressão uma situação de tomar conta do carro.
Quando saímos, aparece 3, 4, exigindo dinheiro. E nós, cidadãos de bem, temos
que contribuir com essa palhaçada para que possamos sair ilesos, sem ter o
carro apedrejado. O pior: Olha-se para um lado e para outro e não enxergamos um
policial sequer, um guarda municipal que seja, simplesmente ninguém. Enquanto
isso meu povo, nos resta sustentar o vício deles, se quisermos ter um momento
de lazer". Anteontem, ao anunciarmos no Facebook que publicaríamos mais
essa denúncia no blog, diversas outras surgiras. Eis algumas:
Leidy Loppes: "No domingo fiquei insegura, com medo. Estava com uma
amiga e minha filha nas barreiras. Na hora de vim embora (14:00h), três
cercaram a moto. Olhei para os lados, não vi ninguém, o medo tomou conta e eles
perceberam. Riam e pediam dinheiro. Tive que dar, afinal, naquele momento não
tinha a quem recorrer"
Milene Saldanha: "Acho o cúmulo
aquilo. Outra vez eu fui sair, e um cara que já foi preso me pediu dinheiro e
eu não dei. Ele travou minha saída se jogando na frente do carro. Eu fiquei
morrendo de medo”.
Por várias vezes sugerimos a colocação
de dois guardas municipais naquela área, pelo menos para avisar a polícia no
caso de presenciarem as ameaças e extorsões. Nunca foi dada uma resposta, ao
público, não para mim, por parte do Comando da Guarda Municipal. Quanto à
polícia, todos sabem que não é possível, pelo baixo efetivo, manter
policiamento fixo no local, assim como era possível no mercado público, e por
lá várias operações de “limpeza” foram feitas. Diante do exposto, e sem
respostas para a comunidade, o melhor, pelo o que estamos vendo durante todos
esses anos, seria as autoridades admitirem publicamente a impossibilidade de
resolver essa questão. Seria mais justo com as “vítimas”.
Postado por Tadeu Nogueira às 12:37h