No último de 05 de junho, a Capitania dos Portos
em Camocim completou mais um ano de sua existência no município. Entre idas e
vindas da burocracia, a instituição centenária está presente entre nós desde
1899, portanto, há 116 anos.
Nascido com a vocação marítima, no entorno de um
porto, Camocim não poderia prescindir de uma capitania para organizar e
fiscalizar as atividades decorrentes dessa vocação. Por outro lado,
contextualizar a presença de uma instituição desse porte num município é
mergulhar na sua história, na história dos homens que a fizeram em seus tempos
determinados.
Desta forma, a Capitania dos Portos não é somente
a representação da Marinha do Brasil enquanto integrante das Forças Armadas do
Brasil em Camocim. Ela também é o órgão que deverá estar junto dos nossos
empresários de pesca, dos nossos pescadores artesanais, na guarda de nossa
Amazônia Azul, portanto, atuante na defesa do nosso ecossistema.
Observando o suceder dos homens que atuaram como agentes na condução de nossa Capitania dos Portos, ficam questionamentos: o que fizeram o FC Vicente Esmerino Lopes no longínquo período de 1929 a 1930, ou mesmo o ESC. 3ª Classe Pedro Aguiar que esteve à frente do órgão por 12 anos (1930 a 1942)?
Observando o suceder dos homens que atuaram como agentes na condução de nossa Capitania dos Portos, ficam questionamentos: o que fizeram o FC Vicente Esmerino Lopes no longínquo período de 1929 a 1930, ou mesmo o ESC. 3ª Classe Pedro Aguiar que esteve à frente do órgão por 12 anos (1930 a 1942)?
Suas ações se foram na poeira dos tempos ou estão guardados em
documentos e memórias ainda não ditas? Quando se pode ter acesso às ações
humanas, sejam contadas por testemunhas, documentos ou mesmo por quem de
direito, poderemos avaliar sua validade. Deste modo, o 2º Ten. (ES-RRM) Octávio
de Santana, que comandou a Capitania dos Portos entre 1953 a 1957 nos contou
comovido sobre a singeleza arquitetônica das casas dos pescadores, numa Camocim
ainda em fase de urbanização. As casas, segundo ele: “... tinha como cobertura
a vela que acionava suas canoas; chegava do mar estendia a vela e de manhã
tirava. A casa tinha como parede, folhas de coqueiro." Tenente Santana
acabou se incorporando à vida da comunidade atuando na Colônia dos Pescadores e
se elegeu vereador várias vezes. Hoje, outros tantos têm suas vidas
entrelaçadas com a nossa cidade, com o nosso povo.
Carlos Augusto Pereira dos Santos