O Jornal Nacional, considerado um dos mais importantes telejornais do mundo, noticiou nesta segunda-feira (22), um relatório divulgado pela Abert, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, considerando o ano de 2015 como um dos piores para a segurança dos jornalistas no
Brasil. Na ocasião, foi citado o caso do Radialista Gleydson Carvalho, assassinado com
dois tiros enquanto apresentava seu programa, em agosto do ano passado, na Rádio Liberdade 90,3 FM. Até o momento, 6 pessoas envolvidas no crime foram presas, porém, um dos pistoleiros e o mandante, com prisões decretadas pela justiça, continuam foragidos.
Gleydson foi friamente executado, segundo consta em documento do Ministério Público, por ter denunciado supostos desmandos da administração municipal de Martinópole.
Outros sete jornalistas foram mortos no Brasil em
2015, no Maranhão, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso do
Sul. Todos denunciavam a corrupção.
O relatório cita ainda 64 agressões a jornalistas.
Entre elas, a do cinegrafista da Rede Bandeirantes Luiz Carlos de Jesus,
mordido por um cachorro da PM em protesto de professores em Curitiba.
Ofensas também estão registradas, como a sofrida
pela jornalista da TV Globo Maria Júlia Coutinho, vítima de ataques racistas na
internet.
Ao todo foram 116 violações ao direito de
liberdade de expressão no ano passado. Segundo uma organização internacional
citada no relatório, o Brasil é considerado um país com alto risco para a
profissão de jornalista.
No ranking dos países mais perigosos, o Brasil
subiu do décimo para o quinto lugar. Atrás da França, com nove mortes, oito
delas no ataque terrorista à revista Charlie Hebdo. Na frente estão México,
Iraque e Síria.
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras
de Rádio e Televisão diz que o jornalista não pode ser alvo.
“Todos esses casos têm que ser amplamente
investigados, não porque os jornalistas ou os profissionais da imprensa gozem
de alguma prerrogativa acima de qualquer cidadão. É porque eles fazem um papel
que é importante pra democracia e pra sociedade que é levar informação ao
conhecimento da população em geral”, diz Daniel Slaviero, presidente da ABERT. Confira AQUI a reportagem em vídeo do JN.
Postado por Tadeu Nogueira às 06:00h
Com informações do JN