O destino mais provável do ex-presidente Lula é a
Casa Civil. Esta discussão foi iniciada no jantar de ontem, no Palácio da
Alvorada e que demorou mais de cinco horas, e deve ser concluída em café da
manhã nesta quarta-feira. Inicialmente, o destino de Lula seria a Secretaria de
Governo, hoje ocupada pelo ministro Ricardo Berzoini.
Com a mudança na Casa Civil, Dilma precisará
definir o destino de Jacques Wagner, que ela pretende manter próximo a ela, com
gabinete no Palácio do Planalto. Estas pendências é que impediram de ser batido
o martelo na noite de ontem.
Segundo pessoas que conversaram com os
participantes do jantar, ontem, Lula chegou a Brasília ainda resistindo à ideia
de ocupar um cargo no governo. O argumento que teria pesado foi a oferta de
Jacques Wagner para que ele ocupasse a Casa Civil, por ser o segundo cargo mais
importante do governo.
O argumento dado a ele, além da conquista da
prerrogativa de foro, era o de que o governo Dilma vai enfrentar uma dura
batalha nos próximos 60 dias - o processo de impeachment que deve ser instalado
tão logo o STF decida o rito de tramitação. Um dos presentes perguntou a ele:
"Temos um campeonato em que não tem empate. Sua ideia é jogar no nosso
time ou ficar dando palpite de fora do campo?"
Lula, segundo seus interlocutores, demonstra
irritação quando se fala que ao se tornar ministro ele escapa da alçada do juiz
Sérgio Moro. "E quem vai proteger minha família?" questiona ele
quando trata do assunto.
Lá vou eu: Ué, basta nomear a família para chefiar vários ministérios. Aí todo mundo ganha foro privilegiado e escapa das garras do Moro.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:00h
Com informações da Jornalista Cristiana Lôbo, do G1