segunda-feira, 4 de julho de 2016

PARIS PÓS-TERROR, POR UMA PARISIENSE

A famosa "cidade luz", Paris, viveu uma noite de trevas em novembro de 2015, quando terroristas do Estado Islâmico conseguiram matar, de forma covarde, como sempre, 130 pessoas inocentes, ferindo outras 350. Os ataques também atingiram a cidade de Saint-Denis. 
Vidas foram ceifadas por meio de fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. O ataque mais mortal ocorreu na casa de shows Bataclan, que será reinaugurada em novembro deste ano. 
Sobre esse delicado assunto, sempre tive a curiosidade, até por dever de ofício, de saber como ficou a Paris pós-terror. Ontem tive essa oportunidade, ao conversar rapidamente, auxiliado por amigo que serviu de intérprete, com uma francesa, moradora de Paris, que está passando férias em Camocim. Ao perguntar sobre as sequelas deixadas nos parisienses, escutei dela que foram profundas, sendo que a tensão passou a fazer parte da rotina da cidade. "Toda pessoa que se aproxima com colete ou alguma bolsa, mochila, é motivo  de medo extremo por parte de quem estiver por perto. A tranquilidade não faz mais parte do nosso dia a dia", disse ela. 
Ainda segundo ela, no Brasil, apesar da violência urbana registrada nos grandes centros, a vida é bela, as pessoas vivem sem a preocupação de uma bomba explodir, tirando de uma só vez e vida de dezenas, centenas de inocentes. Sobre se ela iria à inauguração do Bataclan, que também funciona como teatro, sua resposta inicial foi dada fisicamente. É que ao tocar no nome "Bataclan", ela mostrou que tinha ficado arrepiada. "Eu frequentava o local, mas nada me fará ir lá novamente. Não consigo", disse emocionada. 
Postado por Tadeu Nogueira às 11:43h