
Seu salário é de R$ 8.500,00. Sua vice abocanha R$ 5.350,00. Ambos faturam esses valores para governar um município de 14 mil habitantes. Somente com diárias, entre janeiro e fevereiro deste ano, Ademar já embolsou R$ 4.800 reais. Cada deslocamento seu dentro do estado custa, por dia, R$ 480 reais aos Barroquinhenses.
A sessão que votaria o projeto ocorreu na manhã desta sexta-feira (31). Com um total de 5, dos 9 vereadores da casa, o autor e beneficiário direto da lei aguardava apenas comemorar.
O Prefeito Ademar contava com sua "vitória" particular, porém, ignorou a reação popular, causada pela crise que assola o país. Enquanto em várias cidades há movimentos reivindicando a diminuição dos salários dos políticos com mandato, eis que surge o "marajá do paço imperial", administrador de uma cidade pobre, sem uma fábrica sequer, sobrevivendo de repasses do governo, bolsa família e aposentadorias, querendo aumentar sua renda particular. Acuado, pressionado pela repercussão negativa de sua egocêntrica decisão, o Prefeito Ademar que, pasmem, é Professor, resolveu, "estrebuchando", retirar o projeto, prometendo reenviá-lo em breve, alegando ser um direito seu. Por outro lado, além da repercussão, sua decisão teria sido provocada também pela insatisfação de sua bancada, que já sentia o calor da grande fogueira que a queimaria.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:39h