A Polícia Civil de Sobral descobriu que o sequestro de uma professora, ocorrido no início desta semana, na verdade havia sido forjado. Na quarta-feira (10), em menos de 24 horas, os policiais prenderam a pessoa que era a suposta vítima: Dayane de
Souza Silva, natural de Taguatinga, no Distrito Federal.
“Meu irmão, é o seguinte, nós tamo com a gata aqui
ó, maluco. Nós quer dois mil real pra soltar ela (...). Ela tá aqui com nós
(...) e nós quer dois mil real, ai, em 24 hora pra soltar a gata (...). Num
perde tempo não, meu irmão, se não o negócio num vai prestar não (sic)”. O
áudio é o pedido de resgate do suposto sequestro de Dayane, feito por ela
mesmo. A mensagem foi enviada para a irmã dela pelo seu próprio celular. Então,
os familiares da professora procuraram a Polícia, que elucidou o caso
rapidamente.
Mas não demorou muito para uma nova mensagem chegar: “Eu tô bem, tá bom? (...) num deixa a mamãe ficar muito preocupada, não. Isso aqui é sério, é muito sério. Eles tão me ameaçando o tempo todo. Tenta arranjar esse dinheiro nem que quando eu sair daqui eu vá pagando aos pouquinhos (sic)”. Voz chorosa, com soluços e em tom de desespero. É assim que Dayane grava essa parte, mas na condição de vítima – forjadamente – e ela continua: “Eu não quero morrer, eu não quero morrer agora. Vê se consegue avisar a alguém no meu trabalho o que tá acontecendo”, segue a farsa.
Mas não demorou muito para uma nova mensagem chegar: “Eu tô bem, tá bom? (...) num deixa a mamãe ficar muito preocupada, não. Isso aqui é sério, é muito sério. Eles tão me ameaçando o tempo todo. Tenta arranjar esse dinheiro nem que quando eu sair daqui eu vá pagando aos pouquinhos (sic)”. Voz chorosa, com soluços e em tom de desespero. É assim que Dayane grava essa parte, mas na condição de vítima – forjadamente – e ela continua: “Eu não quero morrer, eu não quero morrer agora. Vê se consegue avisar a alguém no meu trabalho o que tá acontecendo”, segue a farsa.
Dayane residia no distrito de Jaibaras e não
possuía antecedentes criminais. Ela havia “sumido” na noite da última terça
(09). Os agentes de segurança descobriram o esquema criminoso ao analisarem os
áudios e as fotos também enviadas pela mulher para a família e em um grupo de
mensagens do seu trabalho. O local escolhido como suposto cativeiro foi o
apartamento do sobralense Michel Platini de Farias Rodrigues (26), que também
não possuía antecedentes criminais e deu apoio à ação. Os dois foram presos no
momento em que saíam do imóvel, que fica no Centro, na tarde de ontem (10).
Ambos foram levados para a Delegacia Regional local e autuados por extorsão
qualificada por concurso de pessoas.
Em depoimento, Dayane alegou ter cometido o delito
por se sentir abandonada e, por isso, queria chamar a atenção dos colegas e da
família. Já Michel disse aos policiais que acreditava que tudo seria uma
brincadeira. O valor do resgate era de R$ 2 mil, mas a presa também afirmou que
não ficaria com o dinheiro. Com “sequestradora” e “vítima” encontrada, a
Polícia Civil considera o caso elucidado.
Lá vou eu: Quem te viu, quem te vê, Michel Platini!
Postado por Tadeu Nogueira às 08:45h
Com informações da SSPDS