segunda-feira, 7 de agosto de 2017

REDES SOCIAIS: ACESSO FREQUENTE PODE CAUSAR PARANOIA E AUTOMUTILAÇÃO

Segundo pesquisadores da King’s College London, no Reino Unido, uma a cada cinco pessoas sofre de paranoia – e o principal motivo pode ser o acesso frequente às redes sociais. Ainda, de acordo com a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, o aumento de casos de automutilação entre jovens, que representam o maior grupo de risco para a doença, pode estar associado a esse vício.
A necessidade de acompanhar as atualizações de amigos nas redes sociais o tempo todo, intrínseca à própria natureza do on-line – presente 24 horas por dia – acaba por prender as pessoas nesse ciclo vicioso. “O mundo digital está mudando a sociedade de uma forma que pode nos fazer sentir como se estivéssemos sob vigilância o tempo todo”, disse Philippa Garety, professora de psicologia clínica na King’s College London. “Tudo o que fazemos pode ser registrado de alguma forma através da internet, o que pode estar desencadeando essa ansiedade geral”.
De acordo com uma recente pesquisa da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, 18.778 crianças entre 11 e 18 anos na Inglaterra e no País de Gales foram admitidas em hospitais por automutilação em 2016 – um aumento de 14% em relação ao ano anterior.
A partir das milhares de ligações que as linhas diretas recebem, está claro que temos uma nação de crianças profundamente infelizes. Nós sabemos que essa infelicidade é, em parte, por causa da constante pressão que sentem em ter uma vida perfeita ou atingir uma certa imagem, que não é realista, impulsionada pelas redes sociais”, disse Peter Wanless, chefe executivo da organização. A paranoia é o medo injustificado de que alguém está sempre tentando prejudicá-lo, física ou socialmente, ou prejudicar sua reputação. 
Postado por Tadeu Nogueira às 21:00h
Com informações da Veja Saúde