Os 70 servidores da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas de Granja, demitidos sumariamente no início de abril deste ano, seguem à deriva, sem definição de quando receberão os salários atrasados e os direitos trabalhistas. Alguns já desistiram, enquanto outros, sem opção, continuam trabalhando no aviso prévio, sem certeza de futuro, acumulando dívidas passadas e sofrendo com o presente.
Segundo informações obtidas pelo Camocim Online, a UPA de Granja está funcionando com efetivo baixíssimo, falta de material e comando. É que não há oficialmente ninguém ocupando a diretoria.
De acordo com uma fonte do blog, nos dois primeiros dias desta semana, a UPA estava atendendo apenas com um médico, um técnico em enfermagem e um enfermeiro.
Os equipamentos de ar-condicionado estariam quase todos sem funcionar, causando assim um calor infernal no interior do prédio. O motivo seria o atraso do pagamento à empresa que faz a manutenção. Também pelo mesmo motivo, o fornecimento de oxigênio vive sob risco de corte. Para piorar, a unidade perdeu recentemente três médicos que vinham sendo elogiados pela população.
A debandada estaria relacionada a uma estranha e indecente proposta relacionada ao pagamento dos plantões. Os médicos não concordaram e decidiram ir embora.
"Não é exagero dizer que a UPA está a um passo de fechar em Granja. Até para fazer café é preciso vaquinha entre funcionários", disse um usuário. Como não poderia deixar de ser, os moradores são os que mais sentem na pele o descaso.
Além do caos instalado, segundo o Portal da Transparência, a Prefeitura de Granja segue devendo ao Consórcio Público de Saúde, R$ 997 mil reais em repasses referentes ainda ao ano de 2017, para manutenção da UPA da cidade.
Postado por Tadeu Nogueira às 12:26h