quinta-feira, 5 de julho de 2018

EM PLENO SÉCULO XXI, GRANJA LIDERA CASOS DE ESCRAVIDÃO NO CEARÁ

O estudo "Trabalho Escravo no Ceará do Século XXI", apresentado nesta quarta-feira (04), pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), aponta que 667 trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão entre 2007 e 2017 em todo o Ceará.
"A situação está associada à fragilidade econômica da maioria dos municípios cearenses, cujos mercados de trabalho são menos estruturados e sofrem com a escassez de postos de trabalho, favorecendo a exploração dos trabalhadores locais", destaca o Sociólogo Erle Mesquita.
Ainda segundo o estudo, no Ceará, 8 em cada 10 trabalhadores resgatados nasceram onde eram explorados.
Granja foi o município que mais apresentou casos de escravidão, com 160 resgates. Paracuru (62), Itapajé (55) e São Gonçalo do Amarante (43) também surgem no topo da lista. 
Os trabalhadores resgatados atuavam na agricultura, pecuária, exploração de carnaúba, cultura de cana-de-açúcar, dentre outras atividades. 
Homens formam 98,2% das vítimas de exploração de trabalho. Cerca de um terço dos trabalhadores tinha entre 30 e 39 anos. A baixa escolaridade também foi fator que se repetiu: sete em cada dez não chegaram a concluir o ensino fundamental I. 
A maioria dos resgatados era solteiro, 49,55% do total. Em média, essas pessoas demoraram quatro meses e doze dias até serem encontradas pela fiscalização e saírem da situação de escravidão. 
Postado por Tadeu Nogueira às 10:59h
Com informações do Jornal O Povo / DN