A extração ilegal de areia da praia pode configurar dois tipos diferentes de crimes. Pelo crime de usurpação de bem pertencente à União, a pena é de 1 a 5 anos de detenção. Já a lei ambiental prevê pena de 6 meses a 1 ano.
Em Camocim, tais punições são ignoradas. Que o diga a Praia do Farol. Por lá, de tanto retirarem areia, é cada vez maior o número de crateras (foto). Parece que o solo foi bombardeado. A areia é utilizada em aterros e na construção civil.
Em Camocim, tais punições são ignoradas. Que o diga a Praia do Farol. Por lá, de tanto retirarem areia, é cada vez maior o número de crateras (foto). Parece que o solo foi bombardeado. A areia é utilizada em aterros e na construção civil.
Como consequência, surge a erosão costeira acelerada, desertificação e perda de vegetação.
Da parte de quem deveria proteger, nunca houve uma campanha de conscientização sobre a gravidade do crime. Além disso, apesar da diversidade do ecossistema existente em Camocim, a cidade não conta com a presença fixa da Polícia Militar Ambiental (CPMA) e muito menos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ou da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Desprotegido, o meio ambiente é que segue pagando caro pela prática criminosa vista sob o prisma da omissão.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:25h
Foto: Tadeu Nogueira