quarta-feira, 27 de março de 2019

EDITORIAL

Estive no Centro de Atendimento Psicossocial Dona Fransquinha Veras, o Caps de Camocim, nesta terça-feira (27). Não gostei do que vi e escutei. 
Não gostei de ver o mato tomando de conta de um local que deveria transmitir organização e paz aos que lá chegam. 
E quem vai até lá, na maioria das vezes, não é a passeio, acredite. Ninguém escolhe "passear" num Caps. 
Parte do teto, com goteiras, estimula qualquer um a voltar para casa. Com escassez de servidores, os poucos que lá estão fazem de tudo e mais um pouco para manter viva a premissa da instituição: acolher. 
Mas não está fácil acolher quando nem eles se sentem acolhidos. Não há suporte básico para isso. Quem sofre de algum transtorno e precisa do Caps de Camocim, não está sendo tratado da forma adequada. O investimento não acompanhou a demanda. O prédio, de apenas 3 anos de "idade", nascido dos escombros de um descaso do passado, é lindo, imponente, porém, assim como quem a ele procura, também precisa de tratamento, coisa que não vem tendo.   
Isso tem que mudar. E essa mudança deve começar pela Prefeitura de Camocim, através da Secretaria de Saúde. Ambos precisam se posicionar. Minha análise não vem com carga de sensacionalismo ou politicagem, mas com a verdade dos fatos. 
E contra fatos, o único argumento que vejo, nesse caso, é o compromisso público de que farão algo, na prática, para transformar o Caps no que ele já foi um dia. 
Nossos irmãos Camocinenses que dele necessitam, merecem o atendimento mais humanizado possível.
Os problemas estão expostos. Que as soluções apareçam. Segue o bonde! 
Postado por Tadeu Nogueira às 09:22h