Desde que começou o processo de "tombamento" da Associação dos Retalhistas", deixei para comentar a matéria hoje, dia 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Histórico.
Como bem material o prédio marcou um momento da cidade onde o fenômeno associativista chegou aos médios e pequenos comerciantes. Os grandes, estavam na Associação Comercial.
Talvez alguns se lembrem dos objetivos dessa associação, que chegou a ter biblioteca, escola e visava o desenvolvimento cultural de seus sócios.
Talvez, por isso devesse ser preservado pelos próprios comerciantes, mas, por falta de uma cultura histórica, todos nós padecemos dessa ausência. O valor histórico dos bens, quase sempre fica diminuído diante do valor comercial, "da grana que ergue e destrói coisas belas", no dizer do poeta..
Como não temos uma "política" de preservação, mediatizada pelo conhecimento do passado e das leis de patrimônio, o que nós achamos, principalmente, historiadores, de Patrimônio Histórico, soa de forma subjetiva e aleatória. O quê este prédio e as lembranças que com ele virarão pó significam para os camocinenses?
Em breve, até a rua onde está localizado o bem em questão mudará de nome
Carlos Augusto é Historiador, Escritor, Professor e Editor-Chefe do Camocim Pote de Histórias
