domingo, 17 de outubro de 2021

A EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO PELO PORTO DE CAMOCIM

Por Carlos Augusto P. dos Santos (Historiador) 
Quase um ano após à Revolução de 1930, o chamado Governo Revolucionário de Vargas procurou disciplinar os serviços de exportação de produtos agrícolas, que passaram a ser melhor inspecionadas e classificadas. 

Nesse sentido, um decreto editado em agosto de 1931 reformulava a exportação do algodão, um dos produtos mais importante da pauta econômica da época.
Camocim, por ser um porto exportador produto, tinha um Posto de Classificação de Algodão sob a responsabilidade do Centro de Exportadores do Ceará.

A propósito, o jornal A Esquerda do Rio de Janeiro, de 19 de agosto de 1931, traz uma reportagem sobre uma série de medidas a serem adotadas para a comercialização do “algodão exportavel”, dentre elas a uniformização dos serviços de certificação do produto, a cargo de funcionários da União, através da Superintendência do Serviço do Algodão.

A reportagem segue elencando outras medidas e ressaltando a produção nacional, inclusive os números da exportação do algodão vias portos do Ceará: “pelo porto de Fortaleza, 29.748 fardo, pesando 5.354.640 kilos e, pelo porto de Camocim 2.564 fardos, com o pesa de 442.777 kilos, o que faz um total de 32.312, fardos, com 5.977.417 kilos”.

Infelizmente a matéria não traz mais elementos sobre a exportação do algodão em Camocim, como por exemplo, o nome dos funcionários do governo que fiscalizavam o serviço de classificação, a relação das fábricas que descaroçavam o algodão ou os tipos de prensas. Isso é matéria para futuras pesquisas. Contudo, sabe-se que por muito tempo, o algodão da hoje região noroeste do Estado do Ceará, passava pelo Porto de Camocim e as ruínas da Empresa de Algodão ainda estão aí para atestar aquele tempo áureo.

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