sexta-feira, 2 de setembro de 2022

BANDIDOS SE PASSAM POR BANCÁRIOS E APLICAM GOLPES EM CAMOCIM

Camocim está sendo alvo de um ataque pesado de golpes virtuais e por celular. 

O mais utilizado é aquele em que os bandidos se passam por funcionários da central de atendimento de bancos.

Nele, um suposto funcionário de um banco liga para o telefone da pessoa e informa, por exemplo, citando RG, CPF e data de nascimento dela, que alguém tentou acessar sua conta com sua senha a partir de outro local.

Ao perceber que está sendo convincente, o bandido passa a direcionar a vítima para um procedimento de troca de senha por meio do celular ou app do banco. Passou daí, é prejuízo na certa. O golpe foi concluído e a vítima fica sem poder acessar sua própria conta.

Segundo Edemir Pereira, Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Camocim (CDL), os alvos preferenciais na cidade são os comerciantes, mas pessoas físicas também já foram lesadas. 

Dicas de Proteção

Deve-se ter atenção para não clicar em qualquer link suspeito enviado pelo WhatsApp, SMS ou e-mail, além de desconfiar de ligações telefônicas de supostos funcionários do banco, pois essas instituições não costumam entrar em contato para falar sobre os aplicativos; e, obviamente, nunca se deve fornecer dados de sua conta ou suas senhas bancárias pelo telefone ou por mensagens.

Importante ressaltar que, para enganar as vítimas, os criminosos utilizam um emulador que esconde o verdadeiro número de telefone que entraram em contato. Essa ferramenta faz com que no celular da vítima apareça o número da central do banco.

É importante que a vítima ligue imediatamente para o banco (preferencialmente de outro telefone) e verifique se se trata de um golpe ou não. Se não houver outro aparelho disponível no momento, recomenda que aguarde aproximadamente 10 minutos antes de ligar para o banco, pois os golpistas possuem uma ferramenta que segura a ligação por um tempo depois de encerrada.

De acordo com a advogada Ana Carolina Aun Al Makul, especialista em direito civil e do consumidor, que atua no escritório Duarte Moral, se o golpe for concretizado, a especialista explica a importância de abrir um Boletim de Ocorrência para registrar e comprovar o fato, possibilitando também que o prejudicado conteste junto ao Banco os valores perdidos. “No entanto, raramente o banco ressarce os prejuízos causados ao cliente por livre e espontânea vontade. De qualquer forma, a comprovação de abertura desta reclamação é importante para um futuro processo judicial”, pontua.

Após a contestação dos valores, a instituição bancária fará uma análise do caso para verificar se entende pelo ressarcimento ou não. Caso não devolva o valor ou não proponha nenhum acordo (que é o que na maioria das vezes acontece), o prejudicado poderá buscar por um advogado consumerista para tentar resolver o problema judicialmente.

Por Tadeu Nogueira