quarta-feira, 8 de março de 2023

MP PEDE CASSAÇÃO DE ELMANO; DENÚNCIA DE RC ENVOLVE PREFEITA DE GRANJA

O procurador regional eleitoral do Ceará, Edmac Lima Trigueiro, manifestou nesta terça-feira, 7, parecer favorável ao pedido de cassação do diploma do governador Elmano de Freitas (PT), acusado de ter sido favorecido pela prática de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral do ano passado.

A ação foi aberta pela coligação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), adversário de Elmano na disputa. Também são alvos os mandatos da vice-governadora Jade Romero (MDB) e o senador licenciado e hoje ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

Segundo a denúncia, a então governadora Izolda Cela (sem partido) teria beneficiado municípios, por meio da celebração de convênio e do repasse de recursos para obras de pavimentação asfáltica e de construção ou reforma de prédios e equipamentos públicos. O objetivo seria de obter apoio em favor das candidaturas de Elmano e Camilo.

Trecho da ação movida pela coligação pedetista aponta: "Com o registro do apoio nas redes sociais, o Estado do Ceará celebra convênios ou aditivos e direciona as benesses para os municípios dos prefeitos cooptados". 

Entre esses gestores está Juliana Arruda, Prefeita de Granja e esposa do deputado Romeu Arruda, líder de Elmano na Assembleia.

Sobre Granja, Roberto Cláudio afirmou o seguintes durante um debate realizado pelo Ponto Poder, em setembro de 2022: “Em Granja, depois do apoio, saiu (de recursos) R$ 19 milhões para R$ 35 milhões". O convênio, segundo RC, alterado, seria referente ao asfaltamento de uma estrada.

Veja trecho do parecer: 

"Analisando detidamente as informações constantes nos autos, verifica-se que os pedidos desta Ação de Investigação Judicial Eleitoral merecem provimento, pois há prova robusta de condutas realizadas no âmbito do Governo do Estado do Ceará, em manifesto desvio de finalidade, com gravidade suficiente para comprometer a igualdade da disputa e a legitimidade do pleito", manifestou o procurador.

Por Tadeu Nogueira
Fonte: Jornal O Povo / Focus.Jor