A festa carnavalesca também é uma prática social da divisão de classes. Rememorando os antigos carnavais de Camocim, nosso amigo Euclides Negreiros nos diz que no centro da cidade e somente nele “[...] tinha os corsos, carro aberto, sentado em cima da capota, passava pelas calçadas jogando serpentinas e confetes, mas só no centro,[...] onde morava o pessoal da sociedade, aí no centro, os ricos e hoje trafegam todo mundo... era tudo dividido”.
Já na periferia "a rua ficava repleta de papangus, em frente ao depósito de cachaça do ‘seu’ Sebastião. Mas, eram apenas papangus, alegres e esmolambados em suas fantasias baratas do carnaval irreverente do povão."
Independente do local, festa é que não faltava e parece não faltar ainda. Na foto acima, um flash de uma espécie de carro alegórico com moças e rapazes em trajes mominos posando para um fotógrafo à beira mar com os mangues e a Ilha do Amor ao fundo.
Com informações do Camocim Pote de Histórias