ASSASSINO TINHA COMO
"ALVO" O PESCOÇO DAS VÍTIMAS
A apuração do caso que resultou no assassinato bárbaro do Vereador César Veras, no último domingo (28), no Restaurante O Euclides, está a cargo do Diretor de Polícia Judiciária do Interior Norte, da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Marcos Aurélio Elias de França. Segundo ele, a autoria e materialidade do crime estão bem definidas. O assassino, Antonio Charlan Rocha Souza (foto), degolou César Veras por trás, na frente da esposa e filhos.
Charlan chegou em silêncio, de forma sorrateira, com a faca rente à sua perna direita, após esperar que César sentasse.
Depois do corte mortal, de cerca de 20 centímetros, ele ainda empurrou César pelas costas, partindo em seguida rumo ao seu segundo alvo, o cliente Fábio Castro, que também estava sentado. Charlan mirou o pescoço novamente, porém, dessa vez, houve reação. No ataque, Fábio teve a pleura perfurada e parte da orelha decepada.
A intenção até aí, claramente mostrada pelas câmeras do local, era degolar suas vítimas. Foi aí que ele partiu em direção ao pescoço de Euclides, seu patrão e terceira vítima. Euclides conseguiu se desvencilhar, sendo atingido próximo ao abdômen.
Depois do triplo ataque, Charlan saiu do local rumo ao seu carro para fugir.
De acordo com a autoridade policial, nenhum dos depoimentos, até o momento, apontou para qualquer desentendimento ou briga entre o assassino e suas vítimas.
Ao ser detido por policiais militares, Charlan Rocha Souza teria dito que "estava sendo perseguido por colegas de trabalho e clientes", segundo o investigador.
Entretanto, em depoimento à Polícia Civil, o garçom falou que não lembrava o que aconteceu no restaurante.
"O inquérito está começando agora, temos 30 dias, que são prorrogáveis por mais 30. As demais vítimas ainda vão ser ouvidas, quando tiverem condições de saúde", apontou o delegado.
Em nota pública, a família de César Veras pede justiça e rigor na apuração do crime.
Por Tadeu Nogueira