Um total de 37.212 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos ainda não frequentam a escola no Ceará e precisam ser encontrados e matriculados.
De acordo com dados disponibilizados nessa segunda feira, 28, no site da Busca Ativa Escolar (Bae), o Estado tem o quarto índice mais alto do Nordeste. Iniciativa, desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua 2024), implantada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pela análise, é possível observar que, quanto a frequência escolar desse grupo etário no Nordeste, a unidade federativa só fica atrás da Bahia (51.067) do Maranhão (44.026) e de Pernambuco (43.457).
No geral, em todo o Brasil há 993 mil crianças e adolescentes de 4 a 17 anos sem frequentar a escola – faixa etária em que a Educação é obrigatória, segundo a PNAD Contínua 2024.
As informações da plataforma indicam que no Ceará, 64% dos que estão fora da escola são meninos e 36% meninas. O perfil de crianças e adolescentes excluídos aponta desigualdades persistentes.
Acerca da faixa etária, o grupo de 15 a 17 anos concentra o maior índice de exclusão. Ainda no âmbito cearense, são 18.963 adolescentes fora da escola. A exclusão também está relacionada com a renda das famílias.
Do total de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, quase 400 mil vivem nas famílias 20% mais pobres do País. No Ceará, são 20.218 nesta condição.
Veja os cinco principais motivos que levam crianças e adolescentes a não frequentarem a escola no Ceará: 8942 casos - Evasão porque sente a escola desinteressante (Desinteresse pelos estudos) 8666 casos - Mudança de domicílio, viagem ou deslocamentos frequentes 7845 casos - Evasão porque sente a escola desinteressante 4819 casos - Evasão reportada pelo Educacenso/INEP 3748 casos - Evasão porque sente a escola desinteressante (Desinteresse pela escola).
Por Tadeu Nogueira (com Jornal O Povo)