terça-feira, 15 de julho de 2025

PGR PEDE CONDENAÇÃO DE BOLSONARO; PENA PODE PASSAR DOS 40 ANOS

Depois de o chefe da PGR, Paulo Gonet, ter apresentado ao STF, nesta segunda, mais de 500 páginas de alegações finais para condenar Jair Bolsonaro e outros envolvidos na trama golpista, agora será a vez de as defesas dos réus falarem no processo pela última vez. 

Apontado como líder da organização criminosa que planejou acabar com a democracia no Brasil, Bolsonaro e os outros sete integrantes do chamado “núcleo crucial” da denúncia da PGR terão 15 dias para apresentar ao Supremo seus últimos argumentos contra as acusações da Procuradoria. 

O primeiro a receber o prazo para oferecer alegações finais será o delator, Mauro Cid. Ele terá 15 dias para tentar convencer Alexandre de Moraes de que é merecedor dos benefícios da colaboração premiada, que incluem o perdão judicial ou a redução de pena a ponto de permitir que ele siga em liberdade, mesmo depois de condenado. 

Nesta segunda, a PGR se manifestou contra o perdão judicial a Cid, citando as revelações de VEJA sobre suas omissões no processo. Depois das alegações finais do delator, os outros réus terão 15 dias para oferecer os argumentos ao Supremo. Superada essa fase, o processo estará pronto para ir a julgamento em data a ser marcada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. 

Se os ministros da Primeira Turma acatarem a denúncia da PGR em sua integralidade, Bolsonaro e os demais réus serão condenados a mais de quarenta anos de prisão pelos crimes de liderar organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

Por Tadeu Nogueira (com Veja)