Em uma reviravolta política de grande repercussão, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) decidiu, por 6 a 1, preservar o mandato do prefeito de Barroquinha, Jaime Veras, e da vice-prefeita Carmem Lúcia, negando a cassação solicitada pela coligação adversária "Barroquinha Meu Amor", liderada por Romeu e Tainah.
A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) movida pela oposição acusava Jaime e Carmem de suposto abuso de poder político e econômico, especialmente em razão da realização de um evento comemorativo ao Dia das Mães e da pintura de prédios públicos.
O relator do processo, Desembargador Érico Silveira, acolheu as teses da coligação adversária e votou pela cassação dos mandatos e convocação de novas eleições.
No entanto, a divergência foi inaugurada pelo Desembargador Daniel Carneiro, que apresentou voto robusto defendendo a manutenção do mandato legítimo outorgado pelo povo de Barroquinha, afastando qualquer prática abusiva que pudesse comprometer a lisura do pleito de 2024.
O julgamento foi interrompido após pedido de vista do Desembargador Luciano Maia, que na sessão desta terça-feira (15) acompanhou a divergência, formando maioria contra a cassação.
Com o placar final de 6 x 1 a favor de Jaime e Carmem, o TRE-CE reforça a estabilidade democrática e a vontade soberana da população de Barroquinha, que reelegeu a atual gestão com ampla maioria nas urnas.
O resultado representa uma vitória expressiva não apenas para Jaime e Carmem, mas também para os que defendem o respeito à democracia.
A decisão ainda pode ser objeto de recurso ao TSE, mas o clima entre apoiadores é de confiança.
“Essa vitória não é só minha e de Carmem. É do povo de Barroquinha, que conhece nosso trabalho, nosso compromisso e nossa verdade. Seguimos com humildade, fé e coragem para continuar transformando nossa cidade”, declarou Jaime Veras após o julgamento.
Por Tadeu Nogueira