
A Assembleia Legislativa do Acre apresenta a maior proporção de
evangélicos militantes do País: 33% - exatamente a fatia de evangélicos na
população. A do Amapá vem em segundo lugar: 25% dos deputados buscam o voto dos
evangélicos, que são 28% da população. Rondônia, com 17% de deputados
evangélicos militantes, e Pará, com 12%, vêm atrás. Mato Grosso do Sul, Paraná,
Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo também se destacam. Todos os Estados
têm evangélicos militantes em suas Assembleias. Em contraste, em 13 parlamentos
estaduais a reportagem não detectou nenhum deputado cuja fé católica seja
relevante na sua atuação política. Apenas no Rio Grande do Norte e na Paraíba
há a mesma proporção de evangélicos e católicos militantes: 4% e 1%,
respectivamente.
Mesmo nesses casos, a desproporção é muito grande quando se
compara com o contingente de fiéis nas respectivas populações: dentre os
potiguares, 76% se declaram católicos e 15%, evangélicos; dos paraibanos, 77%
são católicos e 15%, evangélicos. No Estado mais católico do Brasil, o Piauí,
não foi identificado nenhum militante dessa fé na Assembleia, que tem 6% de
evangélicos engajados politicamente - para 10% de evangélicos na população. Desse
levantamento foram excluídos os deputados protestantes e católicos cuja
religião é conhecida, mas não fica explicitada na sua busca por votos nem na
sua atuação parlamentar. Esses números, obtidos por meio de entrevistas com
jornalistas que acompanham de perto o dia a dia das Assembleias, pesquisas nos
currículos e no noticiário, não obedecem a critérios científicos.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:01h
Com informações do Último Segundo